
Governação e Sustentabilidade Empresarial
Maputo Acolhe o 1.º Congresso de Governação Corporativa
- Iniciativa do IGCmz e do Standard Bank visa promover ética, transparência e competitividade no ambiente de negócios em Moçambique
Questões-Chave:
Congresso decorre a 14 de Agosto, no Centro de Conferências Joaquim Chissano, em Maputo;
Promovido pelo IGCmz e organizado pelo Standard Bank, o evento reunirá especialistas, académicos e gestores de diversos sectores;
Pretende-se criar uma plataforma nacional de partilha de experiências sobre ética empresarial, sustentabilidade e boas práticas de gestão;
A governança corporativa é vista como essencial para atrair investimento e garantir estabilidade institucional;
A presença internacional de Carolynn Chalmers, da Good Governance Academy, confere peso e referência global ao evento
Maputo prepara-se para acolher, a 14 de Agosto, o primeiro Congresso de Governação Corporativa, uma iniciativa inédita que promete colocar a ética, a transparência e a sustentabilidade no centro da agenda empresarial moçambicana. A iniciativa, promovida pelo Instituto de Governação Corporativa de Moçambique (IGCmz) e organizada pelo Standard Bank, pretende lançar uma nova era na gestão empresarial do país.
Sob o lema “O Papel da Governação Corporativa na Era do Redesenho dos Modelos de Negócios”, o congresso visa estimular o debate em torno das boas práticas que fortalecem a confiança institucional e potenciam a competitividade empresarial.
Segundo o Administrador Delegado do Standard Bank, Bernardo Aparício, esta é uma oportunidade para fortalecer o ambiente de negócios e atrair mais investimento, tanto nacional como estrangeiro:
“Esta componente da governação corporativa toca nos dois lados: promove o desenvolvimento económico e assegura que as empresas estejam alinhadas com o impacto social que provocam”, sublinhou.

O evento contará com a presença de gestores seniores, membros de conselhos de administração, representantes do Governo, académicos, sociedade civil, estudantes e activistas do sector filantrópico. Estudantes universitários terão, inclusive, espaço para apresentar trabalhos de investigação sobre o estado da governação corporativa no país.
Daniel Tembe, Presidente do Conselho de Administração do IGCmz, admite que a prática de boa governação ainda é incipiente no tecido empresarial moçambicano:
“A maior parte das empresas ainda não seguem as melhores práticas. Devemos desenvolver muito mais a todos os níveis – grandes, médias e pequenas empresas”, afirmou.
Para Pedro Baltazar, Director do Instituto Superior de Altos Estudos e Negócios, a ausência de alinhamento com normas internacionais pode colocar empresas moçambicanas em desvantagem na escolha de parceiros e na captação de investimentos:
“Este é um movimento irreversível. Se não nos alinharmos com as melhores práticas, corremos o risco de exclusão nos mercados internacionais.”
Um dos temas centrais será a ética empresarial e o compliance no sector público e privado. A participação da especialista sul-africana Carolynn Chalmers, directora da Good Governance Academy, confere ao congresso um selo de rigor internacional.
Para Daniel Tembe, a ética deve ser parte intrínseca do fazer empresarial:
“Fazer negócios com ética é a melhor forma de estar. Os códigos comerciais são insuficientes para regular temas como conflito de interesses ou integridade. A governança preenche essa lacuna.”
Mais do que um evento pontual, o congresso pretende lançar as bases para uma plataforma nacional de partilha de experiências e consolidação de uma cultura de integridade, transparência e responsabilidade corporativa em Moçambique.
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