
EUA Aproximam-Se da Rússia e Pressionam Kyiv: Energia e Defesa no Centro do Tabuleiro Global
- Negociações em Washington podem redefinir o equilíbrio geopolítico e provocar quedas prolongadas no preço do petróleo, enquanto a Europa acelera a corrida ao rearmamento.
- Pressão dos EUA sobre a Ucrânia para aceitar um acordo de paz favorável à Rússia;
- Possibilidade de levantamento das sanções norte-americanas contra Moscovo e aposta em negócios energéticos no Árctico;
- Risco de queda prolongada nos preços do petróleo e gás, com impacto no mercado global;
- Europa obrigada a acelerar os gastos em defesa, num novo ciclo de rearmamento estratégico.
A semana abre com forte tensão geopolítica e energética, à medida que os Estados Unidos endurecem a pressão sobre a Ucrânia e sinalizam aproximação à Rússia, cenário que pode redesenhar o equilíbrio global de poder e mexer em profundidade com os mercados de energia e defesa.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, deixou claro após a cimeira do Alasca com Vladimir Putin que pretende um acordo rápido de paz para a Ucrânia, mesmo que isso implique concessões de Kyiv a Moscovo. Volodymyr Zelenskiy desloca-se hoje a Washington para novas conversações, às quais se juntam líderes da Alemanha, Reino Unido e França.
Segundo analistas, Trump poderá estar inclinado a reduzir ou mesmo cessar o apoio militar directo à Ucrânia, em troca de potenciais negócios energéticos com a Rússia no Árctico. O Bank of America alerta que um eventual acordo poderia abrir caminho a projectos de exploração que abarcam 15% do petróleo e 30% do gás natural ainda não descobertos no mundo, pressionando os preços globais para um “deep bear market”.
O Brent caiu já para 66 dólares por barril, antecipando um eventual desanuviamento no conflito. Ao mesmo tempo, cresce a convicção de que os consumidores norte-americanos beneficiarão de energia mais barata, embora com efeitos devastadores para países produtores.
Na Europa, a consequência imediata é a necessidade de reforçar rapidamente os orçamentos de defesa. Desde 2022, empresas como Leonardo (Itália) e Rheinmetall (Alemanha) viram as suas acções valorizarem mais de 600% e 1.500%, respectivamente, reflectindo o movimento de rearmamento do continente. “A Europa terá de gastar muito mais para garantir a sua própria segurança”, sublinhou Holger Schmieding, economista-chefe do Berenberg Bank.
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