
Petróleo Recua com Perspectiva de Conversações de Paz entre Rússia, Ucrânia e EUA
- Expectativas de um possível acordo e eventual levantamento de sanções reduzem ligeiramente os preços, apesar da volatilidade persistente
- O Brent caiu 0,11% para 66,53 USD/barril;
- O WTI recuou 0,09% para 63,36 USD/barril;
- Três presidentes poderão reunir-se num encontro trilateral;
- Analistas alertam que um desfecho favorável pode empurrar o preço para os 58 USD/barril no final de 2025;
- Risco inverso: novas tarifas secundárias podem levar o crude de volta a máximos recentes.
Os preços do petróleo registaram uma ligeira queda nas primeiras horas de terça-feira na Ásia, à medida que os mercados começaram a descontar a possibilidade de negociações de paz entre Rússia, Ucrânia e Estados Unidos, cenário que poderia alterar radicalmente o regime de sanções e a procura por crude russo.
O Brent cedeu 7 cêntimos (0,11%), fixando-se em 66,53 dólares por barril, enquanto o West Texas Intermediate (WTI) para entrega em setembro recuou 6 cêntimos (0,09%), para 63,36 dólares por barril. O contrato de outubro, mais líquido, caiu 9 cêntimos (0,14%), para 62,61 dólares.
A queda surge depois de uma valorização de cerca de 1% na sessão anterior e reflecte o impacto da diplomacia norte-americana. Após receber em Washington o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, e líderes europeus, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou ter contactado Vladimir Putin, dando início a arranjos para uma cimeira trilateral entre os três líderes.
Zelenskiy classificou as conversações directas com Trump como “muito boas”, salientando que expôs a necessidade de garantias de segurança para Kiev. Porém, tanto a Ucrânia como os seus aliados receiam que Washington possa pressionar por um acordo em termos favoráveis a Moscovo.
De acordo com Bart Melek, estratega-chefe de matérias-primas da TD Securities, “um resultado que reduza tensões e elimine o risco de sanções secundárias poderá levar o petróleo a recuar para os 58 dólares por barril, em linha com a previsão para o quarto trimestre de 2025 e início de 2026”. Em contrapartida, advertiu, “um cenário em que os EUA ampliem tarifas contra os clientes do petróleo russo, como já acontece com a Índia, impulsionaria os preços de volta aos máximos recentes”.
A incerteza geopolítica continua, assim, a ser o principal determinante dos preços da energia, colocando os mercados num frágil equilíbrio entre a expectativa de paz e o risco de nova escalada.
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