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Não obstante a limitação do mercado e outros factores, produção de grafite vai crescer 180% -PESOE

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  • A produção de grafite na maior fábrica de extracção e processamento deste minério em Balama está a passar por momentos maus. Estão entre as razões a redução da procura no mercado internacional, défice da corrente eléctrica para accionar as máquinas e a degradação das vias de acesso estão a influenciar negativamente 

O Director-geral da Twigg Exploretion & Mining, Anselmo Gregório, explicou que por parte, o problema é compreensível, tendo em conta que o mercado de grafite ainda é novo no mundo. 

Esclareceu que a capacidade da fábrica é de 300 mil toneladas por ano e que olhando para a procura actual, que é menor no mercado internacional, os níveis de extracção satisfazem a demanda. 

“O uso de carros eléctricos no mundo ainda é novo, mas é um mercado que promete crescer. Portanto, estamos esperançados que responderemos às futuras demandas dos Estados Unidos da América, China e Austrália, que são os destinos da grafite de Balama”, defendeu Gregório.

Em relação ao défice da corrente eléctrica para accionar as máquinas, o director-geral explicou que a unidade fabril é alimentada por um grupo de geradores a diesel e que a empresa investiu na montagem de painéis solares, que servem de fonte alternativa. 

Sobre a degradação das vias de acesso que ligam os portos de Pemba e Nacala, pontos de saída de grafite de Balama para os mercados internacionais, a fonte disse que há um constrangimento na ponte sobre o rio Lúrio, estrada que liga o distrito ao porto de Nacala.

“Devido ao estado avançado de degradação da ponte, fomos aconselhados a fazer o baldeamento de camiões de produtos para reduzir a carga. O processo é moroso e oneroso à empresa”, explicou Anselmo Gregório.

Gregório falava em Balama no âmbito da visita que o Ministro dos Recursos Minerais e Energia, Carlos Zacarias, efectuou a esta unidade fabril.

Na ocasião, Carlos Zacarias disse ter ficado satisfeito com o nível de organização da mina que corresponde aos padrões exigidos a empresas daquela envergadura.

Entretanto, revisitando o Plano Económico e Social e Orçamento do Estado – PESOE 2024, globalmente, o Governo de Moçambique perspectiva um crescimento na ordem de 18,6% no sector da indústria extractiva. Este crescimento conta com o aumento da produção da maioria dos minerais com grande peso na estrutura global, nomeadamente o ouro, as areias pesadas, a grafite e o carvão térmico.

“O crescimento é resultado do maior controlo da mineração artesanal, bem como do desempenho positivo das empresas produtoras com maior enfoque para a empresa Explorator, Lda., pelo facto de, numa das frentes de exploração, a empresa contar com a Mutapa Mining Processing, Lda. Por outro lado, temos a retoma das actividades da empresa KD Prospero”. Indica o documento.

Particularmente, “a produção de grafite vai aumentar significativamente (180%) em relação as projecções de 2023 e para a determinação do plano de produção para 2024”, refere o documento do Executivo nacional, acrescentando que “teve-se em consideração os planos apresentados pelas duas empresas de produção deste mineral, não obstante ao facto de até ao I semestre de 2023 este mineral estar com uma realização de 22%, pelo facto de haver uma fraca demanda deste minério no mercado internacional, o que levou a empresa Twigg Mining and Exploration, maior produtora, a interromper temporariamente as suas actividades de mineração e processamento nos meses de Maio e Junho”.

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