
Remessas Dos Moçambicanos Disparam Seis Vezes Em Sete Anos E Atingem 544,8 Milhões De Dólares
- Envios da diáspora tornaram-se um pilar da inclusão financeira e são dominados por serviços de moeda electrónica
- Remessas subiram de US$ 93,4 milhões em 2016 para US$ 544,8 milhões em 2022;
- África do Sul é o principal destino de exportação de mão-de-obra moçambicana;
- 32% dos adultos enviaram ou receberam remessas em 2019, contra 23% em 2014;
- Cerca de 80% das transferências fazem-se via moeda electrónica;
- Bancos têm apenas 7% de quota no mercado de remessas.
As remessas enviadas pelos moçambicanos cresceram quase seis vezes entre 2016 e 2022, atingindo US$ 544,8 milhões no último ano contabilizado, de acordo com o relatório da Estratégia Nacional de Inclusão Financeira a implementar até 2031, citado pela Agência Lusa.
De acordo com a Agência Lusa, o documento, elaborado pelo Ministério das Finanças, indica que em 2022 Moçambique recebeu US$ 544,8 milhões em remessas, um salto expressivo face aos US$ 93,4 milhões registados em 2016. O aumento é explicado sobretudo pela exportação de mão-de-obra migrante, em particular para a África do Sul, que continua a ser o destino mais relevante para trabalhadores moçambicanos.
As remessas consolidaram-se como componente vital do sistema financeiro, assumindo um peso crescente na estratégia de inclusão financeira nacional. Em 2019, 32% dos adultos em Moçambique enviaram ou receberam dinheiro por esta via, um avanço significativo em relação aos 23% registados em 2014.
O mercado apresenta uma estrutura diversificada, mas a moeda electrónica domina com cerca de 80% do total das transferências, sustentada pela penetração crescente de serviços móveis no país. Ainda assim, canais informais representam 12% das operações, apoiados em redes comunitárias ou agentes de confiança, e 11% são realizados através de familiares e amigos. Por sua vez, o sistema bancário detém apenas 7% da quota de mercado, revelando a fraca utilização dos bancos para este tipo de serviço.
A consolidação das remessas como fonte de recursos externos reforça a resiliência das famílias moçambicanas e a necessidade de políticas que ampliem a sua integração no sistema formal, potenciando o impacto no desenvolvimento económico e na estabilidade financeira do País.
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