
Coral Norte FLNG: ENI e Parceiros Formalizam Investimento De 7,2 Mil Milhões USD Com Elevado Simbolismo Para a Economia Moçambicana
Assinatura da Decisão Final de Investimento (DFI) foi marcada por solenidade e reconhecimento da importância estratégica do projecto, que vai posicionar Moçambique entre os maiores exportadores africanos de gás natural e gerar receitas fiscais de 23 mil milhões USD
Questões-Chave
- Governo e ENI assinam DFI de 7,2 mil milhões USD para o Coral Norte FLNG, em Maputo;
- Produção prevista de 3,5 milhões de toneladas de GNL/ano e 4.300 barris de condensado/dia, com arranque em 2028;
- Moçambique passará a exportar cerca de 7 milhões de toneladas/ano, tornando-se o 14.º maior exportador mundial e o 4.º em África;
- Estado prevê arrecadar 23 mil milhões USD em receitas fiscais, a aplicar em sectores estratégicos;
- CFML destaca oportunidades logísticas; Sasol sublinha reforço da cadeia de fornecimento nacional; Omar Mithá aponta o Coral Norte como ponto de viragem económico e geopolítico.
Foi com solenidade e sentido de elevado simbolismo que o Governo de Moçambique e a ENI Rovuma Basin formalizaram esta terça-feira, em Maputo, a Decisão Final de Investimento (DFI) do Coral Norte FLNG. Avaliado em 7,2 mil milhões de dólares, o projecto representa uma viragem histórica no posicionamento do país como potência energética, ao mesmo tempo que abre novas perspectivas fiscais, logísticas e empresariais.
O Coral Norte é a segunda unidade flutuante de produção de GNL da Área 4, na Bacia do Rovuma, após o sucesso do Coral Sul, em operação desde 2022. O projecto prevê a produção de 3,5 milhões de toneladas de GNL anuais e 4.300 barris de condensado/dia durante 30 anos, com arranque previsto para 2028.
O Presidente da República, Daniel Chapo, salientou que Moçambique passará a contribuir com cerca de 7 milhões de toneladas de GNL/ano, posicionando-se como o 14.º maior exportador mundial e o 4.º maior em África. As receitas fiscais estimadas em 23 mil milhões USD serão aplicadas em sectores estruturantes como agricultura, indústria, turismo, educação, saúde e programas sociais.

A negociação assegurou que 25% da produção de gás seja destinada ao consumo interno, de forma progressiva, e que 100% do condensado seja entregue à Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH). Os serviços logísticos marítimos e ferroviários ficarão sob responsabilidade da Emodraga e da CFM Logistics, assegurando maior participação nacional na cadeia de valor.
Algumas Reacções
CFM realçou que o Coral Norte representa uma oportunidade para consolidar Moçambique como hub logístico regional, criando novos corredores de carga e dinamizando infra-estruturas portuárias e ferroviárias.
A Sasol destacou que a decisão reforça a confiança internacional no país e cria condições para expandir a cadeia de fornecimento local, abrindo espaço para maior participação de pequenas e médias empresas moçambicanas no sector energético.
O economista Omar Mithá classificou o Coral Norte como “um ponto de viragem para a economia moçambicana”, não apenas pelo volume de receitas, mas pelo impacto na balança de pagamentos, credibilidade internacional e capacidade de atrair novos capitais. Mithá sublinhou que o projecto pode servir de alavanca para diversificar a economia, integrando sectores como logística, agricultura e indústria transformadora.

Mais do que um investimento energético, o Coral Norte é interpretado como um acto de confiança e esperança no futuro económico do país. Combinando simbolismo político, impacto fiscal e novas oportunidades empresariais, o projecto torna-se um pilar da estratégia de Moçambique para alcançar industrialização, inclusão social e sustentabilidade económica.
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