
Liderança e Formação Como Motores do Crescimento Económico e da Resiliência
1.º Simpósio Internacional do ISUTC propõe repensar o papel das universidades e da liderança na construção de uma economia mais inovadora, inclusiva e resiliente, num país que enfrenta desafios estruturais de produtividade e competitividade.
Num momento em que Moçambique enfrenta desafios de estagnação económica, défices institucionais e desigualdade digital, o Instituto Superior de Transportes e Comunicações (ISUTC) promoveu, em Maputo, o 1.º Simpósio Internacional sobre Gestão, Inovação, Liderança e Sustentabilidade.
O evento reuniu académicos, empresários e decisores de Moçambique, Brasil e Portugal, para discutir como o conhecimento e a liderança podem catalisar uma transformação económica duradoura e fortalecer a resiliência nacional.
O simpósio internacional, uma iniciativa inédita do ISUTC, surge num contexto em que o país procura alinhar-se às metas globais de desenvolvimento sustentável e às prioridades do novo ciclo governativo, que privilegia transição digital, inovação tecnológica e sustentabilidade ambiental como eixos estruturantes da economia.
Segundo o consultor e organizador do simpósio, Juma Mussa, o encontro “pretende combinar a reflexão teórica com a experiência prática, promovendo um diálogo entre académicos e profissionais que possa gerar soluções concretas para os desafios nacionais”.
Os indicadores internacionais reforçam a urgência dessa reflexão.
De acordo com o Índice Global de Inovação 2024, Moçambique ocupa a 128.ª posição entre 132 economias, com apenas 13,1 pontos, muito abaixo da média mundial (30 pontos) e dos países da SADC com melhor desempenho, como África do Sul, Namíbia e Botswana.
Para o Director-Geral do ISUTC, Professor Fernando Leite, este cenário exige uma nova visão institucional e de gestão:
“Estamos a beneficiar muito pouco deste mundo globalizado e a sofrer intensamente as suas consequências. Por isso, é indispensável estudar, criar e pensar novas abordagens de gestão e inovação.”
 
											O académico defende que o desenvolvimento nacional depende de lideranças formadas, éticas e transformadoras, capazes de criar pontes entre universidades, centros de pesquisa e empresas.
Durante o simpósio, foram apontados défices estruturais que afectam o ambiente económico:
- fraca ligação entre o ensino superior e o sector produtivo;
- ausência de incentivos fiscais à inovação;
- baixa literacia digital;
- burocracia e ineficácia regulatória.
“Se conseguirmos discutir e chegar a consensos sobre inovação tecnológica e novas abordagens de gestão, poderemos dar um passo decisivo para o crescimento das instituições e para a melhoria da qualidade de vida”, acrescentou Fernando Leite.
Os participantes, entre eles Agostinho Vontade (docente universitário) e Gildo Muambo (pesquisador de tecnologias), destacaram que a reflexão deve estender-se à governação e à política pública.
“A informação partilhada deve chegar aos decisores. Precisamos que a transferência de conhecimento e tecnologia seja vista como instrumento de soberania e desenvolvimento”, defendeu Agostinho Vontade.
O simpósio marcou também a internacionalização académica do ISUTC, reforçando a cooperação científica com instituições do Brasil e de Portugal, e posicionando-se como um espaço de debate interdisciplinar para repensar o futuro económico de Moçambique.
Ao encerrar, os organizadores enfatizaram que liderança e formação não são apenas temas académicos — são motores centrais do crescimento económico, da coesão institucional e da resiliência nacional, num país que busca reinventar-se perante os desafios globais e domésticos.
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