Empresas registam melhorias nas condições comerciais em Setembro
Após o declínio registado no mês de Agosto, face ao agravamento das restrições de contenção da COVID-19, as condições comerciais das empresas registaram uma nova melhoria no mês de Setembro,revelam dados mais recentes do inquérito PMI do Standard Bank.
Ao longo do mês de Setembro, o Purchasing Managers’ Index™ (PMI™), principal valor calculado pelo inquérito, estabilizou em torno de 50,4, acima do limiar neutro de 50, e um aumento contra o valor de 47,9 registado em Agosto, reflectindo, assim, uma ligeira recuperação das condições gerais das empresas da economia do sector privado.
“Embora a produção total tenha diminuído pelo segundo mês consecutivo em setembro, a taxa de descida desacelerou acentuadamente desde agosto, sendo agora apenas ligeira”, refere a fonte.
Segundo as informações divulgadas, durante o mês em análise, apesar do ligeiro declínio, a capacidade de produção permaneceu mais elevada do que a procura, uma vez que as empresas conseguiram reduzir as suas encomendas em atraso.
A excepção do sector industrial, todos os restantes sectores monitorados pelo inquérito registaram um aumento das vendas. No geral, as novas encomendas das empresas moçambicanas registaram um crescimento, no entanto, a uma taxa de mais baixa que a observada nos quatro meses anteriores a Agosto.
Além do aumento na aquisição de meios de produção, o número mais alto de vendas também incentivou as empresas a aumentarem os seus níveis de emprego no final do terceiro trimestre, verificando-se uma aceleração da criação de emprego a partir do mês de Agosto.
Com o aumento da procura de meios de produção, a escassez de matérias-primas e o aumento das contratações, as empresas moçambicanas assistiram a novos aumentos nos preços de aquisição e salários durante o mês de setembro. Entretanto, as empresas repercutiram aos aumentos para os seus clientes, uma vez que os encargos com a produção aumentaram para os valores mais elevados desde o mês de junho.
No que refere as expectativas das empresas, as informações do inquérito apontam para o fortalecimento, pela primeira vez em três meses, da confiança para a actividade futura, com cerca de 65% dos membros do painel a preverem uma melhoria durante o próximo ano.
