
Inflação acelera para 0,89% em Outubro
Prolongando a tendência iniciada em Agosto, e a um ritmo relativamente mais acelerado, o País registou, em Outubro de 2021, uma inflação na ordem de 0,89%, contra o aumento de 0,79% registado em Setembro, apontam dados referentes ao Índice de Preços no Consumidor divulgados recentemente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
As divisões de Alimentação e bebidas não alcoólicas e de Transportes foram as principais responsáveis pelo agravamento do custo de vida em Outubro, ao contribuírem no total da variação mensal com cerca de 0,43 e 0,23 pontos percentuais (pp) positivos, respectivamente.
Analisando a variação mensal pelos três centros de recolha, que servem de referência para a variação de preços do País, a Autoridade Estatística Nacional revela que todas as cidades experimentaram um aumento de preços, com a Cidade de Nampula a se destacar com cerca de 1,20%, seguida da Cidade de Maputo com 0,87% e por fim a Cidade da Beira com aproximadamente de 0,47%.
Comparativamente a igual período do ano anterior, o País registou no mês transacto, um aumento de preços na ordem de 6,42%, o nível mais alto desde Novembro de 2017, impulsionado principalmente pelo aumento nos preços nas divisões de Alimentação e bebidas não alcoólicas e de Restaurantes, hotéis, cafés e similares.
Cumulativamente, durante os primeiros dez meses do ano em curso, o País registou um aumento de preços na ordem de 4,14%, igualmente impulsionado pelas as divisões de Alimentação e bebidas não alcoólicas e de Restaurantes, hotéis, cafés e similares, ao contribuírem no total da variação acumulada com cerca de 1,97pp e 0,59pp positivos, respectivamente.
_Perspectivas apontam para um agravamento do custo de vida
Num comentário sobre a evolução da inflação em Moçambique divulgado esta semana, a consultora Oxford Economics Africa decidiu rever em alta a previsão da inflação para mais de 5,3%.
Segundo os analistas, a inflação foi de 5,3% este ano, em média, até Outubro, subindo face aos 3,1% durante o mesmo período do ano passado, no entanto, devido à subida dos preços dos combustíveis e à recente revisão do preço do petróleo, é expectável que a taxa ultrapasse os 5,3% inicialmente previstos.