
África do Sul interpela países ricos sobre a transição “justa” para as tecnologias verdes
O residente do banco central sul-africano, Lesetja Kganyago, apelou às nações ricas para que cumpram os compromissos assumidos no sentido de partilharem os custos da transição para uma economia mais verde e não “acumularem” tecnologias vitais para as alterações climáticas.
“Uma transição justa exige que os benefícios e os custos sejam partilhados de forma mais equitativa dentro dos países, mas também entre os países”, afirmou no sábado em Marraquexe, Marrocos, durante as reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial.
“As economias avançadas têm de honrar os seus compromissos, não só porque é justo, mas também porque, em muitos casos, faz sentido do ponto de vista económico”, afirmou. “O planeta vai aquecer para todos nós”.
A Parceria para a Transição Energética Justa da África do Sul, no valor de US$ 8,5 mil milhões de dólares, assinada em 2021, visa ajudar o país dependente do carvão a fazer a transição para uma energia mais limpa. Mas tem sido travada por lutas internas, com a oposição de políticos próximos do lóbi do carvão e de sindicatos preocupados com a perda de postos de trabalho.
O carvão é actualmente utilizado para produzir mais de 80% da energia do país e o custo da transição é muito elevado.
Kganyago citou uma estimativa do Banco Mundial de R8,5 biliões de rands (US$ 447 mil milhões de dólares), o que, segundo ele, equivale a cerca de 180% do produto interno bruto do país, e que ajudar a financiar a transição climática reduziria os custos globais de mitigação.
“Se há uma coisa que a crise da Covid-19 nos ensinou é que os problemas globais exigem soluções globais coordenadas”, disse, observando que, uma vez produzidas as vacinas, estas foram retidas pelo mundo desenvolvido.
“Na transição justa, também está a chegar a tecnologia que salvaria o planeta”, disse. “Se a reacção for a de acumular a tecnologia no mundo desenvolvido, a transição justa não acontecerá”.
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