AICAJU quer quadro regulatório que seja verdadeiramente fomentador do reaparecimento e manutenção de uma indústria nacional do caju
O novo presidente da Associação dos Industriais do Caju (AICAJU), Gonçalo Correia, defendeu a necessidade de apoiar e fortalecer a instituição, tendo em conta o momento delicado que o sector industrial atravessa.
Gonçalo Correia, Director da Condor Anacardium, uma das maiores empresas de processamento de caju em Moçambique, foi eleito presidente da AICAJU com a maioria dos votos associados nas eleições realizadas recentemente, em Nampula.
Falando na tomada de posse, Correia defendeu que a AICAJU requer uma revisão adequada para que possa investigar e analisar convenientemente as questões-chave da indústria e a sua recente perda de posição relativamente a seus concorrentes, e articulá-las com o governo e parceiros de cooperação bilateral.
Apontou que o papel da organização deve ser a defesa do processamento local e adição do valor dentro das fronteiras nacionais, a promoção das fronteiras, a promoção comercial da amêndoa moçambicana e o apoio á indústria no acompanhamento das tendências internacionais e de segurança alimentar.
Destacou que o envolvimento da indústria com os produtores é também uma prioridade para a nova direcção da AICAJU.
Ciente do papel da indústria do caju moçambicana, que classificou como extremamente importante para o País em termos de desenvolvimento económico e social, o novo Presidente da AICAJU aposta na de restruturação da organização nos próximos anos do seu mandato.
Relativamente ao ambiente de mercado do sector, Gonçalo Correia apontou a ausência de um quadro regulatório que seja verdadeiramente fomentador do reaparecimento e manutenção de uma indústria nacional do caju.
‘’Existe uma lei em processo de revisão, mas que ainda não foi promulgada e não está claro o que definirá para o processamento local, sendo que até lá continuamos a enfrentar uma concorrência desleal com a exportação de castanha em bruto para Índia e o Vietname’’, lamentou.