Em parceria com o Governo e o sector privado, o Banco Mundial pretende ajudar a financiar a construção de 1.000 mini-redes de energia solar na maior economia de África, a Nigéria, disse no sábado o Presidente do banco, Ajay Banga.
A Nigéria, com uma população de mais de 200 milhões de pessoas, tem uma capacidade instalada de produção de energia de 12 500 megawatts (MW), mas produz uma fracção dessa energia, deixando milhões de famílias e empresas dependentes de geradores a gasolina e a gasóleo.
As mini-redes, constituídas por unidades de produção de electricidade em pequena escala, variam tipicamente entre alguns quilowatts e até 10 MW, o suficiente para alimentar cerca de 200 agregados familiares.
Durante uma visita a uma instalação de mini-redes nos arredores da capital Abuja, Banga disse aos jornalistas que tinham sido construídas cerca de 150 mini-redes, parcialmente financiadas pelo Banco Mundial, para levar energia às comunidades sem acesso à electricidade.
“Estamos a construir mais 300, mas a nossa ambição com o governo é chegar às 1000. Estamos a falar de centenas de milhões de dólares que estão a ser investidos”, disse Banga, sem dar um calendário.
“A ideia não é que o Banco Mundial seja a única entidade a investir o dinheiro. Nós colocamos parte do dinheiro como um subsídio”.
Os dados do Banco Mundial mostram que, na África Subsariana, 568 milhões de pessoas ainda não têm acesso à electricidade. A nível mundial, quase 8 em cada 10 pessoas sem electricidade vivem em África.