Biden vai insistir nas reformas do FMI e do Banco Mundial na cimeira do G20

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  • O Presidente dos EUA, Joe Biden, tenciona defender reformas do FMI e do Banco Mundial durante a cimeira do G20 em Nova Deli, no próximo mês;
  • O objetivo é proporcionar um melhor apoio e opções de financiamento aos países em desenvolvimento, como alternativa ao que considera de “empréstimos coercivos e insustentáveis” da China através da iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”;
  • Os EUA irão propor o aumento do poder de empréstimo do Banco Mundial e do FMI em 200 mil milhões de dólares.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai apelar a reformas do FMI e do Banco Mundial que sirvam melhor as necessidades dos países em desenvolvimento na cimeira do G20 em Nova Deli no próximo mês, disse terça-feira a Casa Branca.

O Conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, disse que é preciso oferecer uma melhor alternativa para o apoio e financiamento do desenvolvimento ao que ele chamou de “empréstimos coercivos e insustentáveis” da China por meio da Iniciativa Cinturão e Rota de Pequim.

“Ouvimos em alto e bom som que os países querem que intensifiquemos o nosso apoio face aos desafios sobrepostos que enfrentam”, disse Sullivan aos jornalistas.

No G20, Biden “vai realmente concentrar grande parte de sua energia enquanto estiver lá na modernização dos bancos multilaterais de desenvolvimento, incluindo o Banco Mundial e o FMI”, disse ele.

O objetivo é garantir que os bancos de desenvolvimento ofereçam “soluções de alto nível e de grande influência” para os desafios que os países em desenvolvimento enfrentam, afirmou.

O Presidente da Comissão Europeia classificou as duas instituições como “altamente eficazes e transparentes”, comparando-as com a Iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota” de Pequim, um programa com uma década de existência que visa alargar o peso da China no desenvolvimento global e que envolveu grandes empréstimos para infra-estruturas e indústria aos países mais pobres.

 “Estou a sugerir que o Banco Mundial e o FMI são uma alternativa positiva e afirmativa ao que é um método muito mais opaco ou coercivo” de financiamento do desenvolvimento que a China está a oferecer, disse.

Os EUA vão apresentar propostas em Nova Deli que aumentarão o poder de empréstimo do Banco Mundial e do FMI em cerca de 200 mil milhões de dólares, afirmou.

Mas Sullivan sublinhou que, como membro do G20 e parceiro-chave do FMI e do Banco Mundial, a China é fundamental para a modernização de ambas as instituições.

“Por isso, o nosso apoio ao Banco Mundial e ao FMI não é contra a China”, afirmou.

Sullivan fez os seus comentários numa altura em que decorre em Jonannesburgo, África do Sul, a cimeira do BRICS, um grupo considerado pelos EUA como dominado pela China.

“Não estamos a olhar para os BRICS como uma espécie de rival geopolítico dos Estados Unidos ou de qualquer outro País. Trata-se de um conjunto muito diversificado de países”, afirmou Sullivan.

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