
Busca-se Nova Era de Cooperação com FMI e Banco Mundial: Reformas, Investimento e Projectos Estruturantes no Centro da Agenda
Questões-Chave
- Presidente moçambicano anuncia intenção de negociar novo programa com o FMI ainda em 2025;
- Banco Mundial compromete-se a apoiar digitalização da administração pública e sectores produtivos;
- Visão do Governo aposta na criação de um hub regional de energia, com destaque para Cahora Bassa, Mphanda Nkuwa e o gás do Rovuma;
- Corredores logísticos estratégicos (Maputo, Beira, Nacala) ganham centralidade como catalisadores do desenvolvimento.
Em Sevilha, à margem da IV Conferência das Nações Unidas sobre Financiamento ao Desenvolvimento, o Presidente da República, Daniel Chapo, reafirmou o compromisso de Moçambique em aprofundar a cooperação com o FMI e o Banco Mundial, propondo uma nova abordagem centrada em reformas do sector público, promoção do investimento e desenvolvimento de infra-estruturas estratégicas.
O Chefe de Estado moçambicano, Daniel Chapo, reiterou esta segunda-feira, 30 de Junho de 2025, a intenção do Governo de Moçambique em avançar para um novo programa de cooperação com o Fundo Monetário Internacional (FMI) ainda este ano. A declaração foi feita após encontros bilaterais com o Director Adjunto de Gestão do FMI, Nigel Clarke, e com o Presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, durante a IV Conferência das Nações Unidas sobre Financiamento ao Desenvolvimento, realizada em Sevilha, Espanha.
“Achamos que devíamos ter com o FMI um novo programa”, afirmou o Presidente, sublinhando que este deverá reflectir uma visão renovada do Executivo moçambicano, com enfoque nas reformas administrativas e na criação de um ambiente de negócios mais competitivo. A recepção positiva por parte do FMI reforça a expectativa de que o novo programa possa ser formalizado até ao final de 2025.
Ao Banco Mundial, Daniel Chapo expôs os avanços no processo de transformação digital do sector público, salientando o impacto que tal modernização pode ter na luta contra a corrupção. A instituição financeira reconheceu os progressos do país neste domínio e manifestou total disponibilidade para apoiar o processo, incluindo através de investimentos na administração pública, energia, agricultura, turismo, recursos minerais e industrialização.
A visão estratégica do Governo contempla a consolidação de Moçambique como hub regional de energia, com projectos estruturantes como a expansão da Hidroeléctrica de Cahora Bassa, a futura central de Mphanda Nkuwa e a exploração do gás natural da Bacia do Rovuma. “Temos uma grande capacidade de produção de gás e podemos também construir várias centrais e aumentar a nossa capacidade de produção de energia eléctrica em Moçambique”, frisou o Presidente.
Adicionalmente, os corredores logísticos de Maputo, Beira e Nacala foram apresentados como eixos prioritários para a dinamização económica, através da reabilitação de estradas, expansão das linhas férreas, modernização portuária e implementação de novos oleodutos.
Para Daniel Chapo, o investimento em sectores produtivos e na infraestrutura física do país é essencial para garantir resultados tangíveis: “A nossa principal preocupação é gerar emprego para a nossa juventude, para as mulheres e desenvolvermos o nosso país.”
A nova abordagem defendida por Moçambique junto das instituições de Bretton Woods parece ter sido bem acolhida, com ambos os parceiros a mostrarem-se encorajados pelas reformas em curso. Com um alinhamento estratégico claro entre governação, investimento e crescimento sustentável, o Executivo moçambicano posiciona-se para consolidar uma nova era de cooperação internacional orientada para resultados.
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