
Chapo Reforça Papel Estratégico De Moçambique No Sector Energético Global
Questões-Chave
- Presidente Daniel Chapo afirmou em Nova Iorque que Moçambique pode responder por 20% da produção energética africana até 2040;
- País projeta-se como futuro hub energético regional, com impacto na industrialização da África Austral;
- Principais projectos: central de Temane (450 MW), hidroeléctrica de Mpanda Nkuwa (1.500 MW) e modernização da Hidroeléctrica de Cahora Bassa;
- Diversificação da matriz com energia solar, eólica e térmica em curso;
- Reformas estruturais reservam 25% do gás natural para uso doméstico e exigem processamento interno de 30% dos minerais estratégicos até 2030;
- Presidente apelou à solidariedade internacional no financiamento da transição energética e destacou potencial africano para cadeias de valor verdes.
O Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, afirmou esta terça-feira, 23 de Setembro, em Nova Iorque, que Moçambique está a consolidar-se como um futuro hub energético regional, capaz de contribuir significativamente para a industrialização da África Austral e para o desenvolvimento global. O Chefe do Estado falava na abertura do Fórum de Energia em África, organizado pelo Atlantic Council, onde apresentou a visão estratégica do país para o sector energético.
Perante líderes políticos, empresariais e académicos, o Presidente destacou o simbolismo do encontro, realizado no mesmo ano em que Moçambique celebra os 50 anos da Independência e assinala meio século de relações diplomáticas com os Estados Unidos. “Se alcançámos a independência política em 1975, o desafio que agora nos convoca é transformar essa vitória em independência económica”, afirmou Chapo, sublinhando a necessidade de valorizar recursos naturais e criar riqueza dentro do país.
Citando dados do Africa Energy Outlook 2024 – Mozambique Special Report, o estadista referiu que Moçambique poderá responder por 20% da produção energética africana até 2040, posicionando-se entre os dez maiores produtores mundiais.
Entre os exemplos concretos da expansão em curso, destacou:
- a central de Temane, em Inhambane, com 450 megawatts a partir do gás natural;
- a futura hidroeléctrica de Mpanda Nkuwa, com 1.500 megawatts de capacidade;
- e o processo de modernização e ampliação da Hidroeléctrica de Cahora Bassa, incluindo a construção da central norte.
Paralelamente, frisou a aposta na diversificação da matriz energética, com investimentos robustos em energia solar, eólica e térmica, aproveitando recursos naturais abundantes e condições climáticas favoráveis.
“A energia não é apenas um fim, é um meio de transformar a vida dos nossos concidadãos: industrializar Moçambique, gerar emprego para milhões de jovens, promover a capacitação das mulheres, criar indústrias transformadoras e reduzir a pobreza”, declarou.
O Presidente elencou ainda as reformas estruturais introduzidas na legislação mineira, petrolífera e energética, orientadas para:
- garantir o processamento interno de 30% dos minerais estratégicos até 2030;
- reservar 25% do gás natural para o mercado interno, assegurando produção de fertilizantes, energia e bens de valor acrescentado;
- e assegurar a participação obrigatória de empresas nacionais nos grandes projectos, fortalecendo a economia local.
Chapo apelou à solidariedade internacional para apoiar a transição energética africana, destacando que, embora o continente seja o que menos polui, é também o mais vulnerável às alterações climáticas. “Com reservas abundantes de cobalto, cobre, grafite e lítio, África possui os recursos que o mundo necessita para construir cadeias de valor verdes e resilientes”, afirmou, defendendo que Moçambique pode liderar esse processo, transformando matérias-primas em baterias, veículos e indústrias verdes africanas.
Encerrando a sua intervenção, sublinhou: “O futuro energético de Moçambique é inseparável do futuro de África, e o futuro de África está indissociavelmente ligado ao futuro do mundo”.
Fontes: Discurso do Presidente da República / Nota Informativa – Gabinete de Imprensa da Presidência.



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