Clima económico prolonga tendência de queda

0
873

Prolongando a tendência que vem sendo registada desde o primeiro semestre de 2021, o indicador do clima económico (ICE), expressão sintética da confiança dos empresários do sector real, registou uma deterioração ao longo do terceiro trimestre.

Dados do Instituto Nacional de Estatística – INE, revelam que, comparativamente ao segundo trimestre, o indicador registou uma queda de 3,1 pontos, saindo de um saldo de 84,4 para 81,3 pontos, “facto que se deveu fundamentalmente à avaliação desfavorável da perspectiva de emprego, bem como queda ténue (com tendência de estabilização) da procura futura no mesmo trimestre em análise”.

A perspectiva desfavorável da procura deveu-se, fundamentalmente, à avaliação pessimista dos operadores dos sectores de produção industrial e de serviços, contrariando o sector do comércio que se apreciou positivamente face ao trimestre anterior, e resultando na deterioração do respectivo indicador  ao longo do trimestre transacto.

Na mesma direcção, e acompanhando a redução das perspectivas de procura, o indicador da perspectiva de emprego registou uma diminuição acentuada pelo segundo trimestre consecutivo, tendo o seu saldo atingido o nível mais baixo da respectiva série temporal. “Essa perspectiva baixa de emprego foi influenciada pela previsão negativa do indicador no sector da produção industrial, facto que suplantou os restantes sectores alvos do inquérito, refere o INE.

Relativamente a perspectiva de preços, o respectivo indicador observou uma subida ténue face ao trimestre anterior, “impulsionada pelas opiniões inflacionistas vinculadas à todas as actividades alvos do inquérito com maior destaque em termos de amplitude para as actividades de produção industrial”.

Refira-se que, apesar da conjuntura desfavorável, quando comparado com os anos anteriores, o perfil do ICE registado no trimestre de referência, apresentou-se ligeiramente acima do verificado no trimestre homólogo de 2020.

Empresas com constrangimentos reduzem 15%

A Autoridade Estatística Nacional avança que, em média, 39% das empresas inquiridas enfrentaram algum obstáculo no terceiro trimestre, representando uma redução de 15%  de empresas em dificuldades face ao trimestre anterior.

Esta queda foi influenciada pela diminuição da proporção de empresas com obstáculos em todos os sectores inquiridos – em termos de baixa procura, a falta de acesso ao crédito, a concorrência e outros factores não especificados. No grupo dos sectores com maior frequência relativa de empresas com constrangimentos destacam-se: os serviços de transportes (46%), actividades da produção industrial (40%) e comércio (32%).

SUBSCREVA O.ECONÓMICO REPORT
Aceito que a minha informação pessoal seja transferida para MailChimp ( mais informação )
Subscreva O.Económico Report e fique a par do essencial e relevante sobre a dinâmica da economia e das empresas em Moçambique
Não gostamos de spam. O seu endereço de correio electrónico não será vendido ou partilhado com mais ninguém.