
Confiança Do Consumidor Sul-Africano Sobe Para O Nível Mais Alto De 2025 Com Optimismo No Período Festivo
Melhoria do índice sugere dinamismo no retalho e impacto de taxas de juro mais baixas, desinflação alimentar e valorização do rand
- O índice de confiança do consumidor subiu de -13 para -9 pontos no quarto trimestre;
- Todos os sub-índices — expectativas económicas, situação financeira dos agregados e oportunidade de comprar bens duradouros — registaram melhoria;
- FNB antecipa época festiva com maior dinamismo no retalho e vendas acima das de 2024;
- Desinflação alimentar, redução de combustíveis e valorização do rand reforçaram o sentimento dos consumidores;
- Emprego cresceu em 248 mil postos no terceiro trimestre, apoiando o consumo;
- S&P elevou o rating da África do Sul para “BB”, o primeiro upgrade em quase 20 anos.
A confiança do consumidor na África do Sul atingiu, no quarto trimestre de 2025, o nível mais elevado do ano, impulsionada por um optimismo renovado em torno da época festiva, por melhorias no mercado laboral e por condições macroeconómicas mais favoráveis. O índice, patrocinado pelo First National Bank (FNB) e compilado pelo Bureau for Economic Research, subiu de -13 para -9 pontos, sinalizando um ambiente de consumo menos pessimista e perspectivas mais estáveis para o retalho.
Todos Os Sub-Índices Mostram Melhoria Generalizada
O relatório indica que todos os três sub-índices que compõem o indicador — expectativas económicas, situação financeira dos agregados familiares e adequação do momento para compra de bens duradouros — melhoraram durante o trimestre. Esta evolução sugere que os consumidores sul-africanos mostram maior predisposição para gastar durante o período festivo, apesar do crescimento económico ainda modesto.
Segundo Mamello Matikinca Ngwenya, Economista-Chefe do FNB, os dados apontam para uma época natalícia mais dinâmica, com probabilidade de que as vendas no retalho ultrapassem as já robustas registadas em 2024.
Condições Macro Favoráveis Atenuam A Moderação Do Consumo
Apesar de o crescimento das vendas a retalho continuar condicionado pelo fraco desempenho económico de fundo, a melhoria da confiança, combinada com ganhos no emprego e mais um corte na taxa de juro, deverá mitigar a desaceleração do consumo. O movimento de apreciação do rand face às principais moedas e a redução acumulada de 47 cêntimos por litro no preço dos combustíveis entre Agosto e Novembro contribuíram para aliviar a pressão sobre o rendimento disponível das famílias.
Outro factor determinante foi a desinflação alimentar: a taxa de inflação dos produtos alimentares caiu de 5,5% em Julho para 3,9% em Outubro, reforçando a confiança dos agregados familiares e permitindo maior elasticidade no consumo.
Mercado De Trabalho Reage Positivamente E Sustenta A Procura
O mercado laboral tem sido um pilar estrutural na recuperação da confiança. Apenas no terceiro trimestre, o número de empregos aumentou em 248 mil, expandindo a massa salarial e apoiando o consumo interno num momento de conjuntura complexa.
Num país onde as taxas de desemprego permanecem historicamente elevadas, a criação líquida de emprego tem impacto directo na melhoria da actividade económica e no comportamento do consumidor.
Upgrade Do Rating Pela S&P Reforça O Sentimento Positivo
A evolução positiva do sentimento dos consumidores coincide com um marco relevante na percepção internacional da economia sul-africana: a S&P Global elevou o rating de longo prazo em moeda estrangeira de “BB-” para “BB”, o primeiro upgrade em quase duas décadas. A agência antecipa uma aceleração do crescimento económico, de 0,5% em 2024 para 1,1% em 2025, sustentada por reformas em curso e estabilização fiscal.
Este reconhecimento internacional contribui para reforçar o optimismo no mercado interno, diminuindo prémios de risco e facilitando o acesso a financiamento.
Retalho Mais Dinâmico, Mas Desafios Estruturais Persistem
Enquanto os indicadores de curto prazo sugerem uma época festiva animada e um início de 2026 com alguma tração na procura interna, a economia sul-africana continua a enfrentar desafios estruturais associados à produtividade, à fiabilidade energética, ao espaço fiscal reduzido e à execução de reformas.
A melhoria da confiança dos consumidores constitui, porém, um sinal relevante: indica que a África do Sul poderá beneficiar de um ciclo de consumo ligeiramente mais robusto, num contexto internacional marcado por incertezas e ajustamentos monetários.
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