
Corredor de Nacala Assume Centralidade na Parceria Estratégica com o Japão
- Presidente Daniel Chapo defende infra-estruturas como alicerce para a integração regional e dinamização do comércio livre em África
- O Presidente Daniel Chapo afirmou na TICAD-9, em Yokohama, que infra-estruturas e o Corredor de Nacala são prioridades da cooperação com o Japão;
- O corredor, que liga Moçambique, Malaui e Zâmbia, é considerado eixo estratégico para agricultura sustentável, parques industriais e dinamização do comércio regional;
- O Governo retomou o Projecto de Estratégias de Desenvolvimento Económico do Corredor de Nacala, elaborado com apoio da JICA, para potenciar transporte e logística;
- Japão é visto como parceiro crucial na mobilização de capital e tecnologia, reforçando a industrialização e conectividade energética da África Austral;
- O Presidente moçambicano sublinhou que reformas económicas já em curso visam assegurar parcerias robustas e competitividade para atrair investimentos japoneses.
O Presidente da República, Daniel Chapo, destacou a importância do Corredor de Nacala como eixo estratégico da cooperação entre Moçambique e o Japão, defendendo que o desenvolvimento integrado de infra-estruturas é a chave para acelerar a integração regional e dinamizar o comércio livre em África. O Chefe de Estado falava em Yokohama, no Japão, durante a 9.ª Conferência Internacional de Tóquio sobre o Desenvolvimento de África (TICAD-9).
Chapo salientou que uma das acções estratégicas do Governo é promover o desenvolvimento de infra-estruturas nacionais e regionais, com destaque para corredores de desenvolvimento como o de Nacala, que abrange cinco províncias do norte e centro do país e se estende até ao Malaui e à Zâmbia. “O Corredor de Desenvolvimento de Nacala é reconhecido pela própria plataforma da TICAD como porta de entrada privilegiada de investimento japonês na África Austral”, afirmou.
O Presidente recordou que o Executivo retomou o Projecto de Estratégias de Desenvolvimento Económico do Corredor de Nacala, inicialmente concebido em parceria com a JICA há mais de uma década, com o objectivo de transformar este eixo numa alavanca para agricultura sustentável, parques industriais e dinamização do comércio regional. Este projecto, acrescentou, está enquadrado no Programa Quinquenal do Governo 2025–2029 e visa reduzir pobreza, desigualdades sociais e assimetrias regionais.
O Corredor de Nacala já dispõe de infra-estruturas robustas, incluindo um porto de águas profundas e uma linha férrea de 912 quilómetros que escoa o carvão de Tete, num investimento inicial de 4,5 mil milhões de dólares que juntou a brasileira Vale, a japonesa Mitsui e os Caminhos-de-Ferro de Moçambique (CFM). Desde então, tem sido considerado essencial para os países vizinhos sem acesso ao mar, como Malaui e Zâmbia.
Chapo sublinhou ainda que Moçambique pretende mobilizar capital financeiro e tecnológico do Japão para transformar sectores-chave em motores de industrialização, diversificação e sustentabilidade da África Austral. Nesse sentido, destacou o papel do gás natural liquefeito (LNG) da Área 1 da Bacia do Rovuma como pilar para a industrialização rápida e para reforçar a conectividade energética da região.
O estadista reafirmou também que o Governo está a avançar com reformas económicas e legislativas que visam simplificar procedimentos e criar condições mais competitivas para atrair investimento privado japonês. “Estamos conscientes de que os investimentos exigem estabilidade, segurança e um ambiente de negócios favorável”, disse.
Para além da agenda bilateral, Chapo garantiu que Moçambique está disponível para acolher iniciativas conjuntas que promovam paz e integração económica entre os países africanos banhados pelo Índico, reforçando assim o papel do Japão como parceiro estratégico na região.
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