Devem ser tomadas medidas laborais, aduaneiras, fiscais e financeiras por forma a reerguer o tecido empresarial

0
1169

_Agostinho Vuma, em exclusivo ao “O.Económico”

Pronunciando-se sobre os impactos da pandemia da COVID-19 no sector empresarial, que classificou de “severo”, o presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), afirma que o reerguimento do tecido empresarial moçambicano, exige que seja tomado um pacote de medidas, articulando aspectos no domínio laboral, aduaneiro, fiscal e financeiro.

É na articulação de medidas nestes domínios que se encontrarão as vias da recuperação das empresas e da economia, na opinião do líder empresarial. 

Numa entrevista em exclusivo ao “Semanário Económico”, Agostinho Vuma descreveu a severidade com que o sector empresarial privado foi afectado, uma redução do nível da actividade em cerca de 65%, facto que culminou com a redução do Índice de Robustez Empresarial em cerca de 49%, de 0,51 em Janeiro para 0,26 em Junho.

 

CTA empenhou-se em amenizar o impacto negativo sobre as empresas, mas carga fiscal sufocante inviabiliza muitas medidas para aliviar as empresas

A Confederação das Associações Económicas, referiu o seu presidente, tomou algumas medidas para tentar amenizar o impacto negativo da pandemia. As medidas visavam buscar sinergias com órgãos governamentais para tomar acções práticas de estímulo a nível laboral, aduaneiro, fiscal e financeiro.

As medidas laborais buscavam garantir que a rescisão dos contratos não fosse feita em massa, as medidas aduaneiras buscavam aliviar os custos de importação em momentos em que o volume de negócios das empresas caía.   As medidas fiscais buscavam aliviar a carga fiscal suportada pelas empresas e as medidas financeiras buscavam mobilizar financiamento que aliviasse a situação negativa pela qual as empresas estão a passar.

No âmbito das medidas financeiras, os pacotes de ajuda às empresas de 500 milhões de dólares disponibilizado pelo Banco de Moçambique resultou de um esforço de busca de apoio engendrado pela agremiação que Agostinho Vuma preside.

Apesar das medidas tomadas no âmbito fiscal, o presidente da CTA referiu que a actual carga tributária continua a ser sufocante para o tecido empresarial e chega a inviabilizar muitas medidas tomadas para aliviar as empresas. Vuma argumenta que, por forma a reerguer de forma efectiva a economia moçambicana, mesmo depois da crise, para além das medidas fiscais, aduaneiras, laborais e financeiras, deve-se orientar o investimento para a construção de infraestruturas, pois somente assim se poderá aproveitar as potencialidades que o país possui.

[popup_anything id=”4505″]

SUBSCREVA O.ECONÓMICO REPORT
Aceito que a minha informação pessoal seja transferida para MailChimp ( mais informação )
Subscreva O.Económico Report e fique a par do essencial e relevante sobre a dinâmica da economia e das empresas em Moçambique
Não gostamos de spam. O seu endereço de correio electrónico não será vendido ou partilhado com mais ninguém.