
Dólar Sobe Após Aceleração dos Preços no Produtor nos EUA em Julho
- Índice de preços no produtor (PPI) subiu acima das previsões, impulsionado por serviços e bens;
- Dólar valorizou 0,5% face a um cabaz de moedas;
- Perspectiva de corte de 50 pontos-base pela Fed em Setembro perde força;
- Traders mantêm expectativa de corte de 25 pontos-base em Setembro, mas ritmo futuro de descidas é incerto;
- Bitcoin recua quase 4% após atingir novo máximo histórico.
O dólar norte-americano valorizou-se esta quinta-feira, após dados mostrarem que os preços no produtor (PPI) subiram mais do que o esperado em Julho, reflectindo pressões inflacionistas mais amplas e levantando dúvidas sobre o ritmo de cortes nas taxas de juro pela Reserva Federal para o resto do ano.
Segundo o Departamento do Trabalho dos EUA, o PPI aumentou em Julho devido a uma forte subida nos custos de serviços e bens, superando as previsões dos analistas. O dado surge após, dois dias antes, terem sido divulgados números da inflação ao consumidor melhores do que o esperado, o que tinha reforçado as apostas de cortes de juros.
Embora os mercados mantenham praticamente como certa uma redução das taxas na reunião da Fed de 17 de Setembro, o aumento da inflação no produtor arrefeceu as expectativas de um corte agressivo de 50 pontos-base, defendido pelo Secretário do Tesouro, Scott Bessent. Para o presidente da Reserva Federal de St. Louis, Alberto Musalem, a situação actual — com inflação acima da meta de 2%, mercado laboral próximo do pleno emprego e empresas ainda a adaptar-se a novas tarifas — não justifica tal medida.
Matt Weller, da StoneX, afirma que o relatório do PPI “provavelmente elimina” a hipótese de corte de meio ponto, acrescentando que, perante este cenário, o máximo provável seriam dois cortes de 25 pontos-base até ao final do ano, e mesmo isso poderá ser revisto.
O índice do dólar subiu 0,5%, para 98,25 pontos, enquanto o euro caiu 0,5% para 1,16413 dólares e a libra esterlina recuou 0,3% para 1,35325 dólares. O iene, que inicialmente se fortaleceu após Bessent sugerir que o Banco do Japão deveria subir as taxas novamente, acabou por recuar, com o dólar a avançar 0,3% para 147,87 ienes.
O dólar mais forte pressionou o dólar australiano, que caiu 0,8% para 0,6495 dólares, apesar de dados positivos do mercado de trabalho na Austrália.
No mercado das criptomoedas, o bitcoin atingiu um novo máximo histórico desde 14 de Julho, chegando a 124.480,82 dólares, antes de recuar quase 4% para cerca de 118.157 dólares. A criptomoeda continua a ser apoiada por fluxos institucionais, impulsionados por mudanças regulatórias recentes promovidas pelo Presidente Donald Trump, incluindo um decreto que permite activos cripto em contas de reforma 401(k). Empresas como a MicroStrategy e a Block Inc. continuam a reforçar as suas posições em bitcoin.
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