
É fundamental assegurar que os bens e serviços produzidos em Moçambique e comercializados a nível nacional, regional e nos mercados internacionais satisfaçam os requisitos de qualidade padronizados – Adriano Maleiane
- PM Insta as Empresas a Apostarem Em Produtos e Serviços de Qualidade
- É fundamental que continuemos a assegurar que os bens e serviços produzidos em Moçambique e comercializados a nível nacional, regional e nos mercados internacionais satisfaçam os requisitos de qualidade padronizados. Diz o Primeiro-Ministro (PM), Adriano Maleiane.
O governante falava na abertura da Primeira Conferência Nacional da Qualidade, sob lema “Cultura da Qualidade: Do Compromisso à Implementação, que se realiza hoje e amanhã (13 e 14/11) na Cidade de Maputo.
Adriano Maleiane afirma que os sectores público e privado, bem como os consumidores ao demandarem por determinados bens e serviços têm expectativas em relação à qualidade, segurança, fiabilidade, eficiência, eficácia e sustentabilidade.
“Por isso, garantir qualidade dos bens e serviços produzidos e comercializados no nosso país constitui uma das prioridades do Governo. É neste prisma que temos vindo a reforçar e consolidar os mecanismos de certificação e gestão da qualidade dos produtos, processos e serviços, de modo a satisfazer o mercado nacional, que tem sido cada vez mais exigente”.
A globalização traz desafios ao Governo, daí que tem sido aposta, a melhoria contínua dos níveis de competitividade dos produtos e serviços de origem nacional, num mundo em que cada interveniente procura maximizar as suas vantagens comparativas e competitivas.
“É por isso que o Governo, nos últimos anos, tem apostado no reforço das capacidades institucionais do Instituto Nacional de Normalização e Qualidade (INNOQ), o que está a permitir que esta instituição expanda e aumente substancialmente o nível de serviços que presta, com realce para calibrações, verificação de instrumentos de medição, elaboração de novos padrões técnicos e ensaios acreditados”.

O Primeiro-Ministro mencionou que os serviços de certificação, acreditação, metrologia e normalização que o INNOQ presta estão a contribuir para que o sector empresarial, em particular as pequenas e médias empresas, melhore a sua capacidade produtiva, e assegurar que os produtos e serviços existentes no mercado interno estejam em conformidade com os padrões e requisitos de referência estabelecidos a nível nacional, regional e internacional.
Portanto, segundo o governante, a Primeira Conferência Nacional da Qualidade deve ser plataforma privilegiada para uma reflexão profunda em torno dos desafios, partilha de conhecimentos e experiências sobre as melhores práticas, processos e normas de gestão da qualidade.
Por sua vez, o presidente da Confederação das Associações Económicas (CTA), Agostinho Vuma, realçou que o processo de globalização caracterizou-se pela dispersão dos processos de produção, tornando-se urgente promover uma cultura de melhoria contínua, com destaque para a importância da qualidade em todos os aspectos da sociedade.

“Para países em vias de desenvolvimento, como o nosso, onde cerca de 98 por cento do tecido empresarial é constituído por micro, pequenas e médias empresas, com relativa exposição aos mercados globais, o acesso a serviços como normalização/certificação, constitui ferramentas essenciais para transmitir credibilidade e qualidade dos seus serviços e produtos”.
A normalização ou certificação, diz o dirigente, é um dos requisitos exigidos pelas multinacionais nos seus processos de contratação de bens e serviços. Aliado a isso, o número de empresas nacionais beneficiando ou com acesso a serviços de certificação está abaixo de 5 por cento do universo do sector privado, devido ao custo do processo, a falta de informação por parte das empresas sobre a sua importância, bem como os mecanismos de acesso.
“Como representante do sector privado, para responder a estes desafios, e num contexto que se pretende uma maior inserção das nossas empresas nos mercados globais, bem como alargar o aproveitamento das oportunidades que emergem do advento das grandes multinacionais da indústria extractiva, lançamos em 2019 o Programa Nacional de Certificação – PRONACER, em parceria com a Fundação para a Melhoria do Ambiente de Negócios (FAN), e o INNOQ”.
O PRONACER assegura a participação efectiva e sustentável das empresas na cadeia de valor da exploração dos recursos naturais de que o País dispõe em abundância e estão inscritas 155 empresas a nível nacional.
“Do tipo de certificação demandado pelas empresas, cerca de 80 por cento manifestaram interesse pela ISO 9001 (sistema de gestão de qualidade), ISO 45001 (Saúde e Segurança do Trabalho) e ISO 14001 (Sistema de gestão ambiental).
Para responder as exigências do negócio com as multi-nacionais (necessidade e tipos de certificação requeridas), 100 empresas beneficiaram de capacitação.
“Após um longo processo de triagem, 25 empresas foram pré-qualificadas e, na fase derradeira, com apoio do INNOQ, 20 empresas nas cadeias de carvão, petróleo e gás natural receberam auditorias externas para certificação. Assim, das empresas elegíveis, já entregamos 8 diplomas de empresa certificada no âmbito do PRONACER”.
No âmbito do projecto Mais Emprego, financiado pela União Europeia, e ao abrigo da segunda fase do PRONACER, mais 15 empresas serão certificadas na província de Cabo Delgado, revelou Vuma, tendo acrescentado que para além das temáticas ligadas à certificação, embalagem, rotulagem e Melhoria da competitividade das Pequenas e Médias Empresas (PMEs), a sua participação no comércio regional e continental, está prevista a atribuição de uma subvenção para o processo de transformação digital de PME’s beneficiárias do projecto.
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