Economia gerou mais de 1,3 milhão de empregos no último quinquénio

• O sector privado e o sector público, de forma global, geraram 1.364,204,49 empregos entre permanentes, temporais e sazonais – Filipe Nyusi

Moçambique, através do sector público e privado, criou mais de 1,3 milhões empregos durante o último quinquénio, cifra que representa perto de 50 por cento das projecções do Executivo para até finais de 2024.

O “Plano de Acção de Política de Promoção do Emprego” lançado oficialmente em 2021, previa criar cerca de três milhões empregos no País, a maior parte dos quais nas áreas da agricultura e indústria, sectores fundamentais para a geração de emprego.

Os dados foram partilhados, quarta-feira, 10/07, em Maputo, pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, na abertura da II Conferência Nacional sobre Diálogo Social e Negociação Colectiva, evento que conta com mais de 500 participantes, incluindo membros do governo, trabalhadores, empregadores e outros convidados.

“O sector privado e o sector público, de forma global, geraram 1.364,204,49 empregos entre permanentes, temporais e sazonais”, disse Nyusi, números que considera de encorajadores tendo em conta os constrangimentos registados nos últimos cinco anos.

Segundo o Chefe do Estado, o Executivo poderia ter feito muito mais, contudo a conjuntura económica nacional e internacional condicionou as actividades das empresas e a capacidade de as mesmas cobrirem os custos de remunerações, visto que enfrentaram problemas de tesouraria, factor que forçou encerramento de algumas instituições.

“Os empregadores durante os últimos anos viveram problemas. Outras empresas tiveram que encerrar na totalidade as suas operações. Nessa altura, a economia também afrouxou. Foram desafios que vivemos durante um tempo”, vincou Nyusi.

Referiu que todas as medidas tomadas pelo Executivo perante as sucessivas crises inflacionárias desde 2020, foram no sentido de estabilizar a conjuntura que era desfavorável e algumas medidas penosas a curto prazo que acabaram causando a contracção da economia.

“Tinhamos que tomar as medidas para estabilizar a nossa moeda e a inflação”, disse.

Para o estadista moçambicano, essas medidas restritivas na economia, permitiram baixar as taxas de juro no presente ano.

Sobre o investimento no país, Nyusi refere que, poderá ser alavancado pela aprovação do Fundo de Garantia Mutuária no valor de 4,4 mil milhões de meticais (cerca de 68,9 milhões de dólares) que deverá, em princípio facilitar o acesso ao crédito bancário às pequenas e médias empresas.

“É assim que apostamos no crescimento da produção interna investindo em infra-estruturas diversas e melhorando o ambiente de negócios, atraindo mais investimentos produtivos e geradores de emprego. Isso se evidencia pelo aumento em 40 por cento das intenções de investimentos entre 2022 a 2023, numa cifra de 2,2 mil milhões de dólares americanos”, afiançou.

Sobre a produção nacional, Nyusi disse que as estatísticas oficiais apontam um crescimento na ordem de 5,1 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional no ano passado. Para o presente ano, as projecções apontam um crescimento na ordem de 5,4 por cento, que vai induzir na criação de mais empregos para os jovens.