Empresas terão registado perdas de até US$ 951 milhões em 2020

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Dados avançados pelo presidente da CTA, ao “O.Económico”, revelam que o sector da Hotelaria e Turismo figura como o mais afectado, tendo registado uma retracção do nível de actividade em mais de 75%.

No cômputo geral, o sector empresarial moçambicano poderá ter registado perdas de facturação de até 951 Milhões de USD em 2020, o correspondente a cerca de 7% do PIB.

O presidente da CTA revelou ainda que número de empresas que encerraram as actividades em 2020 devido à COVID-19 – até o mês de Agosto de 2020, acrescido do número de empresas gravemente afectadas pela pandemia e que suspenderam as actividades, ascendia a cerca de 4,300 a nível nacional, sendo que a maior percentagem pertence as empresas do sector da Hotelaria e Restauração.

“A partir do mês de Setembro de 2020, com o alívio das restrições, grande parte das empresas começaram a reabrir, o que fez com que este número reduzisse para menos de 25%, sendo que de acordo com as nossas estimativas, o ano terá terminado com cerca de 1,075 empresas totalmente encerradas devido a COVID-19. Estas empresas são aquelas que não conseguiram sobreviver aos impactos da COVID-19, como é o caso de estabelecimentos turísticos e de diversão de pequena dimensão com uma fraca musculatura financeira e alguns estabelecimentos de comércio de bens e serviços não essenciais que perderam o mercado e as fontes de fornecimento (muitas da quais são externas) ”, frisou Agostinho Vuma

Entretanto, Vuma, faz notar que no segundo semestre as empresas mostraram uma tendência de recuperação devido a reabertura gradual das economias e o alívio das restrições através da transição do estado de emergência para o estado de calamidade pública.

Quanto ao impacto sobre o emprego, até o mês de Agosto de 2020, o número de empregos suspensos devido a COVID-19 ascendia a 63 mil a nível nacional, que cresceu para 90 mil em Setembro. Também neste domínio, “com a reabertura da economia associada a redução das restrições, verificou-se uma tendência de recuperação dos postos de trabalho, visto que a maior parte dos trabalhadores não foram despedidos como tal, mas sim suspensos através de um regime de férias colectivas sem remuneração”, referiu o Presidente da CTA, para depois acrescentar que, “devido a tendência que se verificou ao longo do último trimestre de 2020, de recuperação gradual da economia, o número de empregos suspensos reduziu, estimando-se que até o final do ano este número ascendia a cerca de 40 mil postos de trabalho.

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