
Energia, logística e agricultura, as rampas de relançamento da cooperação Mocambique – Zâmbia
- Zâmbia paga US$ 22 milhões dívida de consumo de energia eléctrica a Moçambique
Uma visita focada na cooperação económica entre os dois países, é assim que se pode caracterizar a visita de três dias, que o Presidente da Zâmbia, Hakainde Hichilema, efectua à Moçambique.
Corolário da sua presença em Moçambique, é que o nosso País voltará a fornecer energia à Zâmbia e os dois países vão também retomar a cooperar no sector da agricultura e da mineração. Com efeito, a Zâmbia liquidou, esta quarta-feira, 05/04, a última prestação da dívida de 22 milhões de dólares norte-americanos pelo consumo de energia eléctrica de Moçambique entre 2016 e 2018.
Um anúncio feito pelo PCA da EDM, Marcelino Alberto, no dia em que o estadista zambiano efectuou uma vista à Central Termoeléctrica de Ciclo Combinado a gás de Maputo.
Assim, a empresa Zâmbia Electricity Supply Corporation (ZESCO) voltará, nos próximos dias, a receber energia eléctrica da sua congénere moçambicana Electricidade de Moçambique (EDM), com a conclusão do pagamento da última tranche da dívida.
A Zâmbia devia cerca de 75 milhões de dólares norte-americanos à EDM relativos à importação de energia em 2016 e 2018 a partir de uma central eléctrica flutuante atracada cm Nacala, província de Nampula. Em Dezembro de 2018 a Electricidade de Moçambique suspendeu o fornecimento de energia à Zâmbia.
A Central Termoeléctrica de Maputo é o maior investimento do Governo de Moçambique e da EDM em infra-estruturas de produção de energia eléctrica nos últimos 30 anos. Produz 106 megawatts (MW) de energia eléctrica para alimentar a região sul do país, em particular a cidade e província de Maputo, contribuindo com cerca de 25 por cento de demanda da região.
No relançamento e aprofundamento da cooperação económica, comissões mistas dos dois países estão a finalizar os últimos detalhes dos documentos que vão garantir a retoma da cooperação nos sectores de agricultura e energia. No sector da agricultura, os dois países querem impulsionar a produção e produtividade virando as atenções para a troca de experiências entre os produtores. No sector da logística, efectivamente, trata-se de aprofundamento das relações já existentes, fundadas na utilização das infraestruturas ferro portuárias moçambicanas por parte da Zâmbia.
Ficou a saber-se que os ministérios que superintendem a área dos Transportes e Comunicações de ambos países já estão a preparar mecanismos para ligar as capitais de ambos os países, nomeadamente Maputo e Lusaka, por via aérea.
Os voos poderão iniciar brevemente já que o processo foi anunciado como estando e numa avançada. Está na mesa, ainda neste sector, uma proposta para a construção de oleodutos para ligar os dois países.
Já na área da mineração, a ideia é Mocambique absorver a larga experiência da Zâmbia neste sector da mineração.

Esta é a primeira vez que Hichilema visita Moçambique, desde a sua eleição em Agosto de 2021.
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