
Está para breve abertura aos privados para operar naquele que é o maior mercado ferroviário de transporte de mercadorias de África
- A África do Sul está prestes a estabelecer regras para a participação privada
- A Traxtion Africa é o maior operador de frotas ferroviárias do continente
O maior mercado ferroviário de mercadorias de África está prestes a ser transformado por operadores privados, disse o chefe do operador da maior frota de material circulante do continente.
O governo sul-africano está prestes a publicar uma declaração sobre a rede ferroviária que irá propor regras para a participação privada no sector ferroviário, até agora gerido pelo Estado, disse James Holley, Director Executivo da Traxtion Africa, citado pela agência Bloomberg. As regras de participação privado mo mercado ferroviário sul africano serão definidas após consulta pública.
“Estamos todos à beira do precipício. Temos de dar o passo”, disse Holley numa conferência sobre infra-estruturas organizadas pela Ninety One Plc em Joanesburgo. “E isso começa com a declaração da rede em Abril”.
O documento faz parte de um vasto plano liderado pelo gabinete do Presidente sul-africano Cyril Ramaphosa para corrigir os portos e o sistema ferroviário do país, que se encontram em dificuldades. O seu objectivo é aumentar a participação privada na indústria, que até agora tem sido gerida pelo monopólio estatal de logística Transnet SOC Ltd.
Este monopólio tem sido afectado por anos de má gestão e escândalos de corrupção, o que faz com que os portos sejam dos menos eficientes do mundo e que o transporte ferroviário de carvão e ferro para os portos tenha atingido níveis mínimos de várias décadas.
Nos últimos cinco anos, a quantidade de bens e mercadorias transportados pelo sistema ferroviário estatal de transporte de mercadorias diminuiu de 226 milhões de toneladas para cerca de 150 milhões de toneladas, segundo o governo no plano, o Roteiro da Logística do Transporte de Mercadorias. Os mineiros, desesperados por fazer chegar as suas mercadorias aos portos, recorreram aos camiões, danificando as estradas nacionais.
Isto, e o facto de a África do Sul, com 23.000 quilómetros (14.300 milhas), ser responsável por 85% da rede ferroviária africana, é uma oportunidade para os operadores privados, disse Holley. Embora a rede precise de ser actualizada, isso é mais barato do que construir novas linhas, disse ele.
‘Próxima fronteira’
A procura ferroviária da África do Sul baseia-se nas maiores indústrias de carvão, minério de ferro, cromo e manganês do continente, bem como numa movimentada linha de contentores que liga o maior porto do país, Durban, ao seu centro industrial de Joanesburgo.
Actualmente, a Traxtion exerce a sua actividade em oito países africanos a partir da África do Sul. Os seus principais accionistas são a Principle Capital e a Harith General Partners Ltd.
“Crescemos rapidamente nos últimos quatro anos devido às reformas regionais”, afirmou Holley. “A próxima fronteira é este grande salto para a maior rede de transporte de mercadorias.”
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