EUA: Reafirmado Potencial Económico De Moçambique E Apelos Ao Investimento Privado Internacional

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Questões-Chave:
  • Presidente da República destacou em Nova Iorque sectores estratégicos como energia, turismo, agricultura e infra-estruturas;
  • Ressaltou corredores logísticos de Maputo, Beira e Nacala como eixos de integração e comércio regional;
  • Sublinhou grandes investimentos em curso em LNG e hidroeléctricas, posicionando Moçambique como parque energético da África Austral;
  • Apelou ao sector privado norte-americano para investir em Moçambique, apontando ambiente legal favorável às PPPs;
  • Educação e capacitação dos jovens foram apresentadas como base para sustentar o crescimento económico.

O Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, aproveitou a sua intervenção na 41.ª Gala Anual do Africa-America Institute, em Nova Iorque, para reafirmar a visão estratégica do Governo: transformar Moçambique num centro de referência para energia, turismo, agricultura e logística na África Austral, através da mobilização de investimento privado estrangeiro e da aposta estruturante na educação.


Perante uma audiência internacional, inserida no contexto da Semana de Alto Nível da 80.ª Sessão da Assembleia-Geral das Nações Unidas, o Chefe do Estado sublinhou que o país está “aberto ao investimento” e reúne condições únicas para se afirmar como pólo económico de referência na região. “Queremos convidar o sector privado da América para vir a Moçambique fazer negócios em turismo, em infra-estrutura, em agricultura, em indústria e em vários sectores, porque temos um bom ambiente para abrir Moçambique ao mundo”, declarou.

No sector energético, o Presidente destacou os investimentos de multinacionais como a ExxonMobil, ENI e TotalEnergies no gás natural liquefeito (LNG), além da expansão da central de Cahora Bassa e do projecto hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa. “Com o LNG em Moçambique, no futuro seremos um parque para produzir energia, graças à nossa localização estratégica e às boas relações com a SADC”, referiu, acrescentando a construção de novas linhas de transmissão eléctrica para reforçar as exportações de energia para países vizinhos.

O turismo foi outro eixo realçado como vector de crescimento. Com mais de 2.700 quilómetros de linha de costa, praias e ilhas de grande valor paisagístico, o estadista moçambicano frisou que o país “é um paraíso para fazer turismo” e que está preparado para receber investimentos em infra-estruturas que potenciem este sector.

No campo das infra-estruturas e comércio, Chapo identificou os corredores logísticos de Maputo, Beira e Nacala como fundamentais para a integração regional e o escoamento de minerais críticos. O Corredor de Nacala foi classificado como “estratégico”, pela sua capacidade de conectar fluxos de exportação da África Central e Oriental com mercados globais, incluindo os Estados Unidos.

Ao mesmo tempo, o Presidente destacou o enquadramento legal favorável a parcerias público-privadas (PPP), apresentando Moçambique como uma economia aberta e competitiva. Sublinhou, contudo, que a sustentabilidade desse crescimento depende de investimento em educação e capacitação, de forma a garantir que a juventude – que representa a maioria da população – encontre oportunidades de emprego e contribua para o desenvolvimento económico do país.

Na sua intervenção, evocou ainda figuras históricas ligadas ao Africa-America Institute, como Eduardo Mondlane e Joaquim Chissano, associando a luta pela unidade e independência ao compromisso actual com o progresso económico e social.

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