Expansão da infraestrutura eléctrica é uma prioridade nacional que nova liderança da EDM deve ter em conta

Está em causa a aceleração do desenvolvimento do sector energético e à nova liderança da Electricidade de Moçambique (EDM) é esperado que impulsione os projectos críticos de energia. 

Durante a cerimónia de posse em Maputo, de Joaquim Ou-Chim como Presidente do Conselho de Administração da EDM e Augusta Maíta como Diretora Executiva da MCA, o Primeiro-Ministro, Adriano Maleiane, destacou a urgência em expandir as infraestruturas de geração, transporte e distribuição de energia para atender à crescente demanda nacional. “Recomendamos ao Senhor Joaquim Ou-Chim que privilegie a expansão das infraestruturas de energia, garantindo a fiabilidade e eficiência energética e a qualidade dos serviços prestados ao cidadão”, afirmou o Primeiro-Ministro.

A nova liderança é instada a intensificar a colaboração com o sector privado para acelerar a expansão da rede elétrica e fortalecer o fornecimento de energia aos países da região austral de África. Isso é visto como um passo crucial para posicionar Moçambique como um polo energético regional.

Compacto II: Uma Oportunidade Transformadora para a Zambézia

Outro ponto focal do discurso de Maleiane foi o Compacto II, um acordo de 537,5 milhões de dólares norte-americanos entre os governos de Moçambique e dos EUA, destinado a projectos na província da Zambézia. Esses projectos visam melhorar a agricultura, a transitabilidade, a conectividade entre zonas de produção e mercados, a resiliência climática e os meios de vida costeiros.

Augusta Maíta foi encarregada de garantir que os projectos do Compacto II sejam executados conforme a legislação vigente e os acordos assinados com a Millennium Challenge Corporation. “Esperamos que a senhora Augusta Maíta desenvolva acções criativas que assegurem a implementação dos projectos em tempo útil e dentro do âmbito definido”, disse Maleiane.

Compromissos da Nova Liderança

Joaquim Ou-Chim reafirmou seu compromisso com a expansão da energia eléctrica e a continuidade do programa Energia para Todos. “O desafio é continuar a desenvolver o programa e tornar o País um polo regional de energia eléctrica”, declarou Ou-Chim. Ele enfatizou a importância de interligar Moçambique com os países vizinhos e aumentar a comercialização de energia.

Por sua vez, Augusta Maíta assegurou que as condições para a implementação dos projectos do Compacto II estão garantidas. “Vamos assegurar que os projectos sejam implementados de acordo com os acordos entre o governo moçambicano e americano”, afirmou Maíta.

Perspectivas 

A nomeação de Ou-Chim e Maíta marca uma nova fase no sector energético moçambicano, com expectativas de avanços significativos na infraestrutura e nos projectos de desenvolvimento sustentável, vistos como vitais para alcançar os objectivos estabelecidos e transformar Moçambique em um líder regional em energia.

Enquanto o país enfrenta desafios complexos, a expansão da infraestrutura energética e a implementação eficiente dos projetos do Compacto II serão fundamentais para o progresso socioecónomico e criação de bem-estar da população moçambicana.