Expansão do Terminal de Carvão da Matola Eleva Capacidade para 12 Milhões de Toneladas e Reforça Competitividade Logística

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Com um investimento de 40 milhões de dólares, as obras ampliam a área operacional do terminal e reposicionam Moçambique como hub estratégico no corredor de Maputo, num momento em que o Governo defende maior integração ferroviária e eficiência logística.

Questões-Chave:
  • Terminal da Matola passa de 8 para 12 milhões de toneladas de capacidade anual;
  • Investimento de 40 milhões USD expande área operacional de 40.800 para 157.760 m²;
  • Governo alerta para dependência excessiva do transporte rodoviário;
  • Necessidade de reforço ferroviário com CFM, Transnet, Porto de Maputo e outros;
  • Remodelações inserem-se num pacote mais amplo de 2,2 mil milhões USD de investimentos público-privados no Corredor de Maputo;
  • Objectivo: aumentar eficiência, competitividade e fluxo de carga.

A conclusão das obras de expansão do Terminal de Carvão da Matola, lançadas na semana passada, marca um avanço decisivo na capacidade logística do país, elevando o manuseamento anual de oito para 12 milhões de toneladas e posicionando Moçambique como um corredor cada vez mais competitivo no sul da região.

Com um investimento de 40 milhões de dólares, a ampliação do Terminal de Carvão da Matola permite aumentar substancialmente a sua capacidade operacional. A área ocupada pelo terminal passou de 40.800 metros quadrados para 157.760, consolidando a posição de Moçambique como hub estratégico para a movimentação de carvão, magnetite e outros minérios.

As obras lideradas pela Grinrod, gestora operacional do terminal, deverão estar concluídas em 2027, integrando-se num ciclo de investimentos estruturais que redefinem o corredor logístico da região.

Durante a cerimónia, o Ministro dos Transportes e Logística, João Matlombe, alertou para a necessidade de corrigir a tendência de crescimento do transporte rodoviário em detrimento do ferroviário. Segundo o governante, o actual desequilíbrio — 68% da carga transportada por via rodoviária e apenas 32% por ferrovia — é insustentável para a economia e para a eficiência logística.

“Não é sustentável nem desejável que produtos como carvão e magnetite continuem a depender de camiões, quando o seu meio natural de transporte é o ferroviário”, afirmou Matlombe.

O Ministro apelou ao reforço da coordenação operacional com os Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e com parceiros como a Transnet, o Porto de Maputo e outros operadores regionais, defendendo investimento contínuo em material circulante, manutenção e expansão de infra-estruturas.

Dirigindo-se aos gestores do Porto Industrial da Matola, Matlombe sublinhou que o aumento do volume de carga deve ser acompanhado por um melhor planeamento físico e por melhorias no acesso aos diferentes terminais.

“Todas estas soluções vão contribuir para maior eficiência das operações e maior competitividade do sector logístico. O desenvolvimento portuário não se faz isoladamente: exige um ecossistema robusto e coordenação entre o Governo e o sector privado”, destacou.

O ministro acrescentou que o país vive um período de transformação profunda no Corredor de Maputo, onde decorre um dos maiores pacotes de investimento público-privado da região, avaliado em cerca de 2,2 mil milhões de dólares.

Com a expansão do terminal e os investimentos em curso no Corredor de Maputo, Moçambique reforça a sua posição como plataforma logística regional, embora a eficiência plena dependa da integração ferroviária e da cooperação operacional entre todos os actores da cadeia.

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