
Índia é o maior destino do feijão bóer moçambicano
- As exportações já renderam pelo menos US$ 86 milhões
- O País exportou 80 mil toneladas da cultura, das 200 mil previstas para um período de cinco anos
- A reabilitação e operacionalização dos complexos de silos e armazéns recentemente adjudicados pelo Governo para a gestão público-privada devem apresentar resultados a partir do primeiro trimestre de 2023.
Mais de 80 mil toneladas de feijão-bóer foram exportadas para o mercado indiano desde a renovação do acordo entre os governos de Moçambique e da Índia, em Julho do ano passado, revelou o Director Geral do Instituto de cereais de Mocambique (ICM), Mohomed Valá, em conferencia de imprensa que versou sobre o p [ponto de situação da comercialização agrícola no País, realizada no final da ultima semana
O Director Geral do ICM, disse na ocasião que está em curso a exportação de uma quantidade não especificada de feijão-bóer e outras leguminosas de grão até 31 de Março de 2023, no quadro do Memorando de Entendimento e da quota livre existente
Entre 2012 e 2014, de acordo com o ICM, a Índia importou 146 mil tonelada de feijão bóer que renderam perto de 86 milhões de dólares norte-americanos ao Estado moçambicano.
No país pouco mais de um milhão de famílias estão envolvidas na produção desta cultura de rendimento em franca expansão nos últimos anos. As regiões centro e o norte de Moçambique são as que registam maior produção da cultura, sendo Zambézia a maior produtora a nível nacional, cobrindo mais de 50 por cento da produção nacional, seguido por Nampula e Niassa.
Referindo-se ao desempenho global, mais recente, da comercialização agrícola no País, Mohomed Valá, disse que o ICM está na posse de 153 acordos com diversos intervenientes da comercialização agrícola. Que resultaram na venda de cerca de 884 mil toneladas de produtos.
No domínio das infra-estruturas de apoio aos processos de comercialização agrícola, o ICM, indica que foi concluída a reabilitação de dois armazéns com capacidade de 5.300 toneladas no distrito de Milange estando em curso a reabilitação de um outro com a mesma capacidade em Lioma, distrito de Guruè.
Relativamente ao processo de reabilitação e operacionalização dos complexos de silos e armazéns recentemente adjudicados pelo Governo para a gestão publica-privada, esperando-se que impacto comecem a surtir efeitos a partir do primeiro trimestre de 2023.