• “Vivemos de mostrar aquilo que não somos. Afirma João Figueiredo, sublinhando a necessidade de se ter influenciadores digitais que sejam verdadeiros líderes para inspirarem os mais jovens”.

O conhecido bancário com carreira de liderança de topo em instituições como o Millennium Bim (PCE) e o Moza Banco,, onde actualmente é Presidente do Conselho de Administração, falava recentemente na reunião anual de quadros do Grupo Business Angels Agro, onde foi convidado a dissertar sobre o tema.

Disse na ocasião, João Figueiredo, que nos últimos tempos, por várias razões, entre elas a procura de fama, o exibicionismo ou mesmo o desejo de influenciar os outros a se destacarem na vida de diversas maneiras, cresce o número de pretensos influenciadores, fundamentalmente,  nas redes sociais. 

Mas não é isso que preocupa João Figueiredo. O PCA do Moza Banco, mostrou-se atónito com o conteúdo e a postura desses pretensos influencers , que acabam, no final, desviando àqueles que “procuram caminho e soluções para as suas vidas”. 

“ O que me preocupa é a capacidade [deles] de moldar a nossa juventude através de exemplos que correspondem a zero. Deles não se retira absolutamente lição nenhuma [ …] nós seguimos os líderes vazios de conteúdo e a nossa sociedade e os nossos jovens transformam-se eles próprios em vazios de conteúdo”.  Explicitou . 

João Figueiredo lamenta que a juventude de hoje sejam sem vida e sem sentimento, pois tudo o que faz e imita é o exibicionismo excessivo daquilo que as pessoas não são.

“E então já não é importante o sabor de uma garrafa ou de um copo de Moet Chandon. Sabe mesmo que é a fotografia que eu vou pôr no Facebook com uma garrafa de vinho Chandon. O que é importante não é o ter um carro bom, é o tirar a fotografia e pôr no Instagram. Vivemos do show off, vivemos de mostrar aquilo que não somos. Então não vivemos, não sentimos. Mostramos que isto tem influência nas nossas vidas, porque esta é a juventude que está a seguir líderes vazios de conteúdo e transformam-se eles próprios em pessoas vazias de conteúdo”. Rematou João Figueiredo

Tal como disse, o “perfil”  não basta para que se considere alguém de líder efectivo. “É preciso mais”, e esse adicional é,  ter estado ou sujeito 

sujeito a situações em que a pessoa tem que liderar. 

“Ghandi não era uma pessoa rica, mas era um líder. Cristo não era uma pessoa rica, mas era um líder. Eram líderes que tinham um propósito, fosse a nível organizacional, espiritual, naquilo que fosse mas tinha um propósito. Mas, mais do que um propósito, eram líderes que concretizavam esse propósito, não só pelo dom da oratória que tinham mas pela sua expressão comportamental”. Explicou.

João Figueiredo ostenta um palmarés de reconhecimentos em matéria de liderança organizacional. Recentemente foi distinguido por duas vezes, (2021 e 2022) com o prémio “excelência na gestão de negócios em África”, em reconhecimento do seu contributo para o crescimento e desenvolvimento do Moza Banco, em particular o seu papel na recuperação do Banco de uma perda de 776 milhões de meticais, em 2019, para um lucro de 146 milhões de meticais em 2020 e  pelo “African Business Leadership Award”, desta vez com o prémio “Liderança empresarial inspiradora em África” em reconhecimento da sua capacidade de liderança em contexto de mudanças.

veja o video na íntegra 

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