
LAM Adquire Primeira Aeronave em 18 Anos Em Esforço de Renascimento da Companhia
- Primeira aquisição da transportadora aérea moçambicana desde 2007, uma Bombardier Q400 com capacidade para 74 passageiros;
- Marco considerado pela nova gestão como prova “tangível” da reestruturação em curso;
- Administração prevê reforço da frota com mais aeronaves, incluindo até cinco Boeing 737-700;
- Companhia atravessa um processo profundo de reestruturação, após anos de desinvestimento, frota reduzida e problemas operacionais.
A Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) anunciou a compra da sua primeira aeronave em 18 anos, um passo que a nova comissão de gestão descreve como um sinal inequívoco do processo de recuperação e reposicionamento da transportadora estatal, fragilizada por anos de dificuldades operacionais e financeiras.
O anúncio foi feito esta quarta-feira, em Maputo, pelo presidente da comissão de gestão, Dane Kondic, que sublinhou tratar-se de “um momento histórico” para a companhia. “É a primeira aeronave que adquirimos nos últimos 18 anos e a primeira de muitas outras que iremos integrar na frota, para que a LAM volte a ser o que deveria ser, o que precisa de ser e o que será”, afirmou.
A aeronave, do modelo Bombardier Q400 e com capacidade para 74 passageiros, encontrava-se há quase quatro meses em Adis Abeba, Etiópia, para uma verificação de manutenção, estando prevista a sua chegada a Maputo na próxima quinta-feira. O negócio foi concluído na segunda-feira, com a transferência do título de propriedade para a LAM.
Para Kondic, uma LAM “forte e saudável” não só garante empregos, como estimula o consumo e contribui para o desenvolvimento económico. “Estas são provavelmente as melhores notícias da LAM nos últimos cinco anos”, acrescentou, destacando o esforço da nova gestão num contexto de “circunstâncias difíceis” herdadas de períodos anteriores.
A companhia enfrenta, há vários anos, constrangimentos operacionais decorrentes de uma frota reduzida, falta de investimentos e episódios de manutenção deficiente, factores que levaram à quase total suspensão dos voos internacionais e à concentração nas ligações domésticas.
No âmbito da reestruturação, conduzida pela consultora Knighthood Global e apoiada pelos novos accionistas — Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e Empresa Moçambicana de Seguros (Emose) —, a LAM planeia adquirir até cinco aeronaves Boeing 737-700 e lançou um concurso para o aluguer de curta duração de outras cinco aeronaves em regime de wet lease.
A meta é estabilizar a operação e responder à crescente procura de transporte aéreo nacional e regional, impulsionada por megaprojectos nas áreas de energia, petróleo, gás e turismo.
O Instituto de Gestão das Participações do Estado (IGEPE) afastou a anterior administração em Maio e nomeou a actual comissão de gestão, presidida por Dane Kondic, antigo CEO da Air Serbia e ex-presidente do conselho de administração da portuguesa euroAtlantic. Em média, a LAM transporta actualmente cerca de 915 passageiros por dia em rotas domésticas e regionais.
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