
Mais Sete Empresas Recebem o Selo Made In Mozambique, são agora quinhentos e quarenta e oito no total, no País
- O Ministro da Indústria e Comércio, Silvino Moreno, diz que o sistema produtivo e de serviços em geral deve encarar de forma decisiva o desenvolvimento de sistemas de qualidade, tendo como horizonte a certificação, o registo da propriedade industrial e intelectual.
Os contemplados nesta leva são as empresas Maeva Chicken Farm, Lda.; Moza Banco, S.A; Passos de África, Lda.; Pure Diet Moçambique, S.A; SDS Engenharia e Construção, Lda.; Smac Business Consulting, Lda. e Triana Business Solutions, Lda, que receberam o selo de “Orgulho Moçambicano”
A cidade e província de Maputo albergam maior número de empresas que ostentam o selo, perfazendo sendo agora As empresas ora certificadas juntam-se a outras 327 na cidade e Província de Maputo que foram eleitas à luz do regulamento de Uso do Selo pela significativa utilização significativa dos recursos nacionais nos processos de produção e de prestação de serviço, o cumprimento da legislação aplicável no País e a cultura da qualidade através da implantação de sistemas de gestão da qualidade.
O Ministro da Indústria e Comércio (MIC), Silvino Moreno, disse que o acto constitui o reconhecimento das empresas por parte do Governo, na perspectiva da valorização dos produtos e serviços nacionais e o compromisso das mesmas no processo de melhoria contínua das práticas de negócio, e sobretudo da qualidade dos seus produtos e serviços.
Na ocasião, Silvino Moreno lembrou às empresas que o processo de integração económica em curso no mundo em geral e em particular no continente africano e nas sub-regiões, como é o caso específico da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral – SADC, onde Moçambique faz parte, demanda um ambiente empresarial competitivo.

“Desta forma, o empresariado em parceria com o Governo tem a difícil missão de criar equilíbrio entre os diferentes objectivos envolvidos nas suas actividades. Por isso, é de louvar o passo dado pelas empresas que hoje distinguimos com a marca nacional “ORGULHO MOÇAMBICANO, MADE IN MOZAMBIQUE” e as encorajamos para que não falte a criatividade e o esforço necessário para que continuem a ser empresas merecedoras da confiança e carinho de todos nós.” Congratulou
Por outro lado, afirmou Moreno, o progresso económico que o País tem registado nos últimos anos, abre novas oportunidades de negócio, o que torna imperioso desenvolver a consciência de que a concorrência regional, continental e internacional está atenta a cada acontecimento no mundo.
“As facilidades de circulação de pessoas e bens resultantes do avanço tecnológico e as medidas tomadas ao nível da Organização Mundial de Comércio, Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral e da Zona de Comércio Livre Continental Africano tendentes a liberalizar o comércio, enfraqueceram as barreiras clássicas de protecção dos mercados domésticos, o que coloca desafios ao sector produtivo moçambicano, em geral, e às pequenas e médias empresas nacionais, em particular, para tirarem proveito do crescimento do mercado nacional e das oportunidades de exportação criadas. A necessidade de ir ao encontro das preferências dos consumidores nacionais, regionais e continental tornou-se inevitável”. Descreveu.
Daí que Silvino Moreno diz que no processo a qualidade e as boas práticas de negócio têm um papel determinante.
“O nosso sector produtivo e de serviços em geral precisa encarar de forma decisiva o desenvolvimento de sistemas de qualidade, tendo como horizonte a certificação, o registo da propriedade industrial e intelectual. São vários os casos em que a integração do conteúdo local no âmbito dos vários projectos em implementação no país, sobretudo os de grande dimensão que exploram recursos naturais no País é limitada pela falta de certificação da qualidade dos fornecedores locais, levando a uma perda de oportunidades de negócios a favor de fornecedores estrangeiros”. Alertou.
Rui Massinga, director de recursos humanos na Smac Business Consulting, lda., uma empresa que se dedica à produção de arroz e comercialização de bens alimentares e bebidas, disse que o reconhecimento da sua empresa pelo Governo tem um significado importante.

“Isto significa mais uma responsabilidade e mais dedicação que devemos ter, massificando o nosso negócio. Significa que devemos trabalhar mais para que no prato de cada moçambicano haja arroz de Namacurra que é da terra e faz parte da dieta de muitos”. Disse.
O Ministro acrescentou que a visão do Governo ao criar o Programa Made in Mozambique, em 2005, continua a mesma, quer dizer, fortalecer e contribuir para o crescimento do empresariado nacional e responder aos desafios que se impunham com o processo de integração regional a nível da SADC face a entrada em vigor da Zona de Comércio Livre (ZCL) em Janeiro de 2008, com objectivo de promover a produção, a investigação e a inovação industrial para alcançar a competitividade de produtos nacionais e de exportação, incluindo a comercialização do conhecimento “indígena” e a criatividade, entre outros.
“A nossa economia apresenta algumas cadeias de valor descontínuas no sentido de que as nossas matérias-primas são exportadas em bruto e importamos componentes e produtos intermédios e acabados que são obtidos de matérias-primas da mesma natureza daquelas que exportamos. Preferir produtos nacionais e factores de produção nacionais é realmente sentir-se parte do processo de desenvolvimento da nossa economia, mas, além deste aspecto patriótico, o consumo de produtos nacionais significa buscar o melhor para nós, para as nossas famílias e empresas, pois assegura a manutenção e criação de mais postos de empregos”. Concluiu
O representante do Moza Banco, Manuel Soares, falou da necessidade de unir esforços para permitir o sucesso das empresas.

“Desde já lanço um desafio aos restantes distinguidos para fazermos esse caminho em conjunto. O sonho só se concretizará com a nossa união quando tivermos a oportunidade de cantar no início, uma estrofe do nosso hino de Moçambique, nossa terra gloriosa. Pedra e pedra construindo um novo dia. Milhões de braços com uma só força. Juntos vamos caminhar, na pátria amada, vamos vencer”.
O selo Orgulho Moçambicano serve para assinalar a origem dos produtos e serviços nacionais, preferidos pelo consumidor.
Os detentores do título podem beneficiar de iniciativas promocionais concebidas exclusivamente para os produtos ou serviços Made in Mozambique; serem contemplados em campanhas de promoção de produtos nacionais, terem a possibilidade de participar em feiras organizadas dentro e fora do país em espaço compartilhado e com custos reduzidos; gozarem de preferência para os programas de formação organizados ou promovidos pela entidade que superintende o uso do selo e terem acompanhamento da entidade competente em processos de inovação tecnológica, registo de direito intelectual e adopção de sistemas de qualidade.
A concessão do direito de uso do selo pode ser efectuada por concessão ordinária – atribuição do direito do uso do selo a uma entidade, por um período de 5 anos e concessão ocasional – atribuição do direito de uso do selo para um ou mais eventos específicos, por um período máximo de um ano.
A Cidade de Maputo lidera a lista com 248 empresas certificadas, Maputo Província com 79, Gaza 17, Inhambane 4, Sofala 52, Manica 15, Tete 14, Zambézia 12, Nampula 93, Cabo Delgado 13 e a Província de Niassa está na base, com apenas duas empresas, sendo no total 548 empresas com o Selo Made in Mozambique.
Massingir Recebe Maior Projecto Turístico Da África Subsaariana
18 de Setembro, 2025PRECE 2025–2029: Um Roteiro Para Recuperar E Reerguer A Economia Moçambicana
17 de Setembro, 2025Banco Mundial E Moçambique Definem Novo Quadro De Parceria Até Final Do Ano
17 de Setembro, 2025Moçambique Quer Reduzir Desemprego Para 17% Até 2029
13 de Setembro, 2025
Mais notícias
-
Definidas as regras e os critérios salariais da função pública
16 de Setembro, 2022 -
Criação de Banco Agrícola é Fundamental e Urgente – CTA
11 de Julho, 2025
Sobre Nós
O Económico assegura a sua eficácia mediante a consolidação de uma marca única e distinta, cujo valor é a sua capacidade de gerar e disseminar conteúdos informativos e formativos de especialidade económica em termos tais que estes se traduzem em mais-valias para quem recebe, acompanha e absorve as informações veiculadas nos diferentes meios do projecto. Portanto, o Económico apresenta valências importantes para os objectivos institucionais e de negócios das empresas.
últimas notícias
Mais Acessados
-
Economia Informal: um problema ou uma solução?
16 de Agosto, 2019 -
LAM REDUZ PREÇO DE PASSAGENS EM 30%
25 de Maio, 2023