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Manifestações pós-eleitorais provocam cancelamento de reservas turísticas no sul de Moçambique

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As recentes manifestações em Moçambique, desencadeadas pela contestação aos resultados das eleições gerais de Outubro, têm causado impactos significativos no sector do turismo, especialmente nas províncias do sul do país. De acordo com informações recolhidas pela Agência de Informação de Moçambique (AIM), milhares de reservas turísticas foram canceladas, afectando a economia local e a subsistência de muitos trabalhadores.

Adianta a AIM que, na província de Maputo, cerca de 2.500 reservas hoteleiras foram anuladas devido às manifestações violentas. Loureiro Gemo, porta-voz do Conselho Executivo da província, afirmou que esta situação resultou numa redução significativa do movimento turístico, com o cancelamento de eventos como seminários e workshops, tanto do sector público como privado. Gemo destacou que “a Província de Maputo, por conta do incitamento das manifestações, está a registar uma redução bastante significativa do movimento turístico”.

Em Gaza, os prejuízos são igualmente alarmantes. O sector do turismo registou mais de 3.000 reservas canceladas, contribuindo para perdas financeiras que já atingem 250 milhões de meticais. Caetano Valente, representante do pelouro de agronegócio na Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) em Gaza, alertou que, se a situação persistir, cerca de 500 trabalhadores poderão perder os seus empregos. 

A instabilidade também afectou a província de Inhambane, onde pelo menos 121 reservas foram canceladas até meados de Novembro. Emídio Nhantumbo, Director Provincial da Cultura e Turismo, reconheceu que este número pode ser superior, uma vez que nem todos os empreendimentos reportaram cancelamentos. Nhantumbo assegurou que “a nossa província está segura, mas depende de outras fronteiras para o turista chegar aqui”.

A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), citada pela AIM, estima que as manifestações resultaram em prejuízos de cerca de 3.000 milhões de meticais, afectando diversos sectores económicos e deixando milhares de trabalhadores desempregados. Muhammad Abdullah, responsável pelo pelouro da Hotelaria, Restauração e Turismo na CTA, sublinhou que “as reservas estão a ser canceladas por completo e o índice de confiança dos turistas fica afectado”.

Este cenário evidencia a fragilidade do sector turístico face a crises políticas e sociais, comprometendo a recuperação económica e a imagem de Moçambique como destino turístico seguro. A necessidade de estabilidade política e segurança é imperativa para restaurar a confiança dos turistas e assegurar a sustentabilidade do sector.

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