
Mercados Globais Reagem com Cautela Positiva à Retoma das Negociações EUA-China
Questões-Chave:
- Investidores mantêm-se optimistas face à possibilidade de avanços nas negociações comerciais entre os EUA e a China;
- Índices accionistas sobem, embora permaneça a incerteza sobre resultados concretos;
- Amazon e Alphabet impulsionam Wall Street; Robinhood e Warner Bros registam perdas;
- Expectativas em torno dos dados de inflação dos EUA dominam a atenção dos mercados.
As bolsas internacionais registaram ganhos moderados esta terça-feira, 10 de Junho de 2025, impulsionadas por sinais de alívio nas tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China, embora os investidores aguardem com cautela o desfecho das negociações bilaterais em curso.
Os mercados accionistas abriram em alta nesta terça-feira, com os investidores atentos ao segundo dia de negociações comerciais entre Washington e Pequim, realizadas em Londres. O Presidente norte-americano Donald Trump adoptou um tom optimista, alimentando esperanças de um entendimento que possa aliviar as tensões que têm minado a confiança económica global ao longo dos últimos anos.
Segundo Tony Sycamore, analista da IG, “o facto de o mercado manter-se próximo de máximos históricos sugere que os investidores aceitam, por ora, as declarações positivas da administração Trump”. Contudo, ressalva que o mercado “gosta sempre de ver anúncios concretos”.
No mercado asiático, o índice mais amplo da MSCI para a região Ásia-Pacífico (excluindo o Japão) subiu 0,5%, enquanto os futuros do Nasdaq e do S&P 500 avançaram 0,62% e 0,43%, respectivamente. Na Europa, os futuros do EUROSTOXX 50 e do FTSE registaram ganhos ligeiros de cerca de 0,1%.
Nos Estados Unidos, o S&P 500 fechou com uma valorização de 0,09%, beneficiando dos ganhos superiores a 1% da Amazon e da Alphabet, a casa-mãe da Google. Ambas continuam a reforçar os seus investimentos em inteligência artificial, com a Amazon a anunciar um investimento de 20 mil milhões de dólares em centros de dados na Pensilvânia.
Em contrapartida, o índice Dow Jones manteve-se estável, e seis dos onze sectores do S&P 500 encerraram em queda, liderados pelas utilities e pelo sector financeiro.
Entre as perdas destacaram-se a Robinhood, que caiu quase 2% após ter sido excluída da última reestruturação do índice S&P 500, e a Warner Bros Discovery, que recuou 3% após anunciar a separação das suas divisões de estúdios e streaming dos canais de televisão por cabo.
Foco nas Expectativas de Inflação
Com os mercados expectantes, o próximo grande teste será a divulgação do índice de preços no consumidor (CPI) dos EUA nesta quarta-feira, seguido do índice de preços ao produtor (PPI) na quinta-feira. O resultado destes indicadores poderá determinar os próximos passos da Reserva Federal em relação à política de taxas de juro.
Kevin Ford, estratega da Convera, alerta que “se o núcleo do CPI continuar elevado, poderá adiar as expectativas de cortes de juros para além da reunião do FOMC de 18 de Junho”. Actualmente, o mercado antecipa uma manutenção das taxas em Junho, mas continua a descontar até 44 pontos-base de cortes até Dezembro.
Outros Mercados
Nos mercados de dívida, os títulos japoneses de longo prazo registaram uma descida de rendimentos, após rumores de que o governo nipónico poderá recomprar obrigações emitidas com taxas mais baixas no passado. O juro dos títulos a 10 anos recuou para 1,46%, e o das obrigações a 30 anos desceu para 2,86%.
No mercado cambial, o dólar ensaiou uma recuperação após as perdas de segunda-feira. Subiu 0,45% face ao yen, enquanto o euro caiu 0,28% para 1,1387 dólares.
O petróleo também registou ligeiros ganhos, com o Brent a subir 0,24% para 67,20 dólares por barril, e o crude WTI a cotar-se em 65,45 dólares, após atingir máximos de dois meses. O ouro, por sua vez, perdeu 0,5%, fixando-se nos 3.310,40 dólares por onça.
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