
Moçambique apresenta argumentos na produção de energia limpa
País tem potencial para abastecer região e mundo, disse o Vice-ministro dos Recursos Minerais e Energia, António Saíde, na 28a. edição do Africa Oil Week, no painel ministerial sobre plano de investimentos dos países africanos e sinergias para o desenvolvimento
Foi no painel em que esteve em debate o papel dos recursos naturais moçambicanos no contexto da transição energética, que António Saíde, citou as fontes de energias renováveis do País, avaliadas em 23TW (vinte e três Terra Watts), entre solar, hídrica, eólico e biomassa, além das reservas de gás natural, cuja exploração tem servido internamente e a região.
“Temos jogado o nosso papel de provedores através de projectos de geração e fornecimento de energia na região, através de linhas de transmissão e infra-estruturas de gás para Africa do Sul, Zimbabwe e, estamos agora a construir a linha Moçambique-Malawi e temos outra em preparação para com a Zâmbia”, avançou o Ministro.
O Vice-ministro dos Recursos Minerais e Energia, referiu-se a estratégia do Governo que aposta na criação de sinergias visando o acesso não só a população moçambicana, mas, também contribuir para colmatar o défice energético na região e contribuindo igualmente para o fornecimento global
“Queremos contribuir para suprir as necessidades de acesso `å energia, com vista a promover o desenvolvimento económico e garantir a transição energética justa”, enfatizou Saíde, na conferência.
O Vice-ministro fez referência, na ocasião, ao Plano Director de Gás Natural que prioriza, entre outros, a geração de energia para o consumo interno e para exportação e que pode ser usado como matéria-prima na indústria petroquímica
Saíde aludiu a construção de uma Central Térmica de Geração de 450MW a partir do gás natural, como um exemplo dos projectos em curso destinados a suprir as necessidades internas e da região, bem como alavancar os projectos de massificação do GNV (gás natural veicular) e GPL (vulgo gás de cozinha), através do Projecto PSA, em Inhambane.
O Painel no qual participaram os ministros que superintendem as áreas dos Recursos Minerais e Energia do Uganda e Malawi, foi unanime em reiterar a necessidade de os países africanos estruturarem melhor os seus planos e programas com vista a interconexão das infra-estruturas de transmissão e gasodutos por forma a assegurar a partilha dos benefícios resultantes dos recursos energéticos decorrentes do potencial de cada país da região.
A conferência sobre energia em Africa decorreu à margem da cimeira anula que reúne mais de dois mil participantes dos sectores de energia, petróleo e gás, cujo foco deste ano foi a transição energética.














