
Moçambique e Banco Mundial Consolidam Nova Fase de Cooperação para Energia e Desenvolvimento Regional
Encontro entre Daniel Francisco Chapo e Ajay Banga, em Washington, reafirma o compromisso com reformas macroeconómicas e projectos estruturantes em energia e corredores de desenvolvimento.
- O Banco Mundial reafirma o apoio à transformação económica sustentável de Moçambique;
- Energia no centro da agenda: Mphanda Nkuwa e Temane entre os projectos prioritários;
- Corredores de Maputo, Beira e Nacala ganham enfoque como eixos de integração económica regional;
- Reformas macro fiscais e digitalização consideradas determinantes para a sustentabilidade económica;
- Novo quadro de parceria enfatiza emprego, agroprocessamento e qualidade de vida.
O Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, reuniu-se esta terça-feira, em Washington, com o Presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, para consolidar uma nova etapa na cooperação entre Moçambique e a instituição financeira internacional, centrada na energia, nas infra-estruturas e nas reformas estruturais.
O encontro, que sucede à visita recente de Ajay Banga a Moçambique, marcou um ponto de viragem na relação entre o país e o Banco Mundial, reafirmando o compromisso mútuo de impulsionar projectos transformadores que garantam crescimento económico inclusivo e sustentável.
O Presidente Chapo sublinhou que a energia continua a ser o pilar central da estratégia de desenvolvimento nacional, destacando o projecto hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa, no rio Zambeze, com uma capacidade prevista de cerca de 1.500 megawatts, e a Central Térmica de Temane, com 450 megawatts, ambas cruciais para assegurar o fornecimento interno e a exportação de energia para a região da África Austral.
“Moçambique pretende posicionar-se como um hub de fornecimento de energia eléctrica na região”, afirmou o Chefe do Estado, reforçando que o apoio do Banco Mundial será determinante para viabilizar a concretização destes empreendimentos de grande escala.
Corredores Económicos com Nova Visão Integrada
No plano das infra-estruturas, o encontro abordou a importância estratégica dos Corredores de Maputo, Beira e Nacala, essenciais para dinamizar o comércio e a industrialização regional.
Daniel Chapo destacou o Corredor de Nacala como um eixo prioritário para a conectividade regional, ligando Moçambique, Malawi e Zâmbia, e viabilizando a exportação da produção mineral zambiana.
Ajay Banga propôs que o conceito de corredor seja alargado a uma abordagem mais integrada, que combine infra-estruturas, agricultura, agroprocessamento e clusters urbanos, assegurando um desenvolvimento económico mais equilibrado e sustentável ao longo dos eixos logísticos.
Reformas Macrofiscais e Financiamento Sustentável
A reunião incluiu ainda discussões sobre apoio orçamental e novos instrumentos de financiamento. O Chefe do Estado revelou que a continuidade desse apoio dependerá da aprovação de um novo programa com o Fundo Monetário Internacional (FMI), actualmente em preparação pelo Governo.
Banga reconheceu os esforços de Moçambique na gestão dos equilíbrios macroeconómicos e destacou as oportunidades que o país oferece em sectores como energia, agronegócio e infra-estruturas, reafirmando o compromisso do Banco Mundial com a criação de emprego e melhoria da qualidade de vida.
Digitalização e Boa Governação no Centro das Reformas
Para garantir sustentabilidade económica e reforçar a confiança dos parceiros, o Banco Mundial deixou recomendações que incluem o alargamento da base tributária, a racionalização das despesas públicas e o investimento na digitalização como ferramenta essencial de transparência, boa governação e combate à corrupção.
“Moçambique é um país muito bonito, com muitas oportunidades; o que é necessário é uma liderança forte para concretizar essas oportunidades”, afirmou Ajay Banga, sublinhando a confiança do Banco Mundial no novo ciclo de governação liderado por Daniel Francisco Chapo.




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