
Moçambique e Quénia Reforçam Cooperação Económica e Parcerias Para a Soberania Alimentar
Durante a visita oficial a Nairobi, a Primeira-Ministra Benvinda Levi e o Presidente queniano William Ruto destacaram a importância de dinamizar o comércio bilateral, partilhar experiências agrícolas e fortalecer a concertação política e económica entre os dois países.
- Moçambique e o Quénia reafirmaram o compromisso de aprofundar a cooperação política e económica;
- A soberania alimentar foi identificada como uma prioridade estratégica comum;
- O encontro destacou a partilha de experiências e conhecimento agrícola como eixo central da nova cooperação;
- Ambos os países defendem concertação em fóruns multilaterais sobre segurança alimentar e desenvolvimento sustentável;
- As relações bilaterais, estabelecidas desde as independências, são vistas como plataforma para reforçar a integração africana.
A Primeira-Ministra, Benvinda Levi, reafirmou em Nairobi o compromisso de Moçambique em fortalecer a cooperação económica com o Quénia, destacando a importância da soberania alimentar, da troca de experiências agrícolas e da concertação estratégica em fóruns internacionais. A dirigente moçambicana foi recebida pelo Presidente do Quénia, William Ruto, durante uma audiência oficial no âmbito das celebrações do Dia dos Heróis quenianos.
Aliança Estratégica em Torno da Soberania Alimentar
Durante o encontro, os dois países reafirmaram a intenção de estreitar os laços de amizade e cooperação, dando particular enfoque à segurança alimentar e à produção agrícola sustentável.
A Primeira-Ministra sublinhou que Moçambique “vê no Quénia um parceiro estratégico para partilha de conhecimento e tecnologia agrícola”, lembrando que vários aspectos da experiência queniana podem ser adaptados ao contexto moçambicano, nomeadamente nas áreas de irrigação, agroindústria e gestão de recursos hídricos.
“A cooperação política é fundamental, mas precisamos igualmente de consolidar um espaço económico de partilha e aprendizagem mútua, com benefícios recíprocos para os nossos povos”, declarou Benvinda Levi.
O Presidente William Ruto destacou, por seu turno, que a luta pela soberania alimentar deve ser vista como um “elemento de soberania nacional”, defendendo o combate à fome como “uma bandeira da nova governação africana”.
Parceria Económica e Cooperação Multilateral
A Primeira-Ministra e o Chefe de Estado queniano sublinharam ainda a importância de coordenar posições em fóruns internacionais, particularmente nas discussões sobre segurança alimentar, comércio agrícola e financiamento climático.
Ambos os países integram organizações regionais e africanas comprometidas com o desenvolvimento sustentável e defendem a concertação política para maximizar a voz africana nas decisões globais sobre agricultura, energia e comércio.
“É importante que as posições estratégicas de Moçambique e do Quénia sejam concertadas, para que as nossas preocupações comuns sejam ouvidas e consideradas nos fóruns internacionais”, afirmou Benvinda Levi.
Diplomacia Económica e Cooperação Histórica
As relações entre Moçambique e o Quénia remontam ao período das lutas de libertação nacional, tendo sido consolidadas após as independências e fortalecidas pela assinatura de acordos de cooperação em política, economia e cultura.
Nos últimos anos, o diálogo bilateral evoluiu para incluir temas de investimento, agricultura, infra-estruturas, comércio e formação técnica, reflectindo o papel crescente do Quénia como porta de entrada para os mercados da África Oriental e a posição estratégica de Moçambique como ponte para o Índico e para a África Austral.
O encontro de Nairobi reforçou também o papel da diplomacia económica como instrumento de aproximação entre os dois países, num momento em que ambos procuram diversificar as suas economias e promover parcerias com o sector privado.
Integração Regional e Perspectiva de Cooperação Sustentável
Para além da vertente económica, Moçambique e o Quénia pretendem fortalecer a integração regional, explorando sinergias no âmbito da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) e da Comunidade da África Oriental (EAC), através de projectos conjuntos de infra-estrutura, energia e comércio.
Benvinda Levi considerou a visita ao Quénia “profícua e estratégica”, destacando que as duas nações “partilham uma visão de crescimento baseada em soberania alimentar, industrialização e inclusão social”.
“A cooperação com o Quénia é uma parceria para o futuro — assente na produção, na inovação e na confiança mútua”, concluiu a Primeira-Ministra.
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