
Moçambique Mobiliza Investidores e Consolida Valor Industrial do Gás Natural com Nova Fábrica em Temane
Ministro Estêvão Pale destaca necessidade de assegurar novas reservas e diversificar o uso do gás natural; inauguração iminente da unidade integrada da Sasol marca novo impulso na industrialização e no fornecimento regional.
- Governo intensifica a mobilização de investidores para novas pesquisas de gás;
- Objectivo: garantir reservas adicionais para o fornecimento à África do Sul e sustentar a industrialização nacional;
- Ministro Estêvão Pale visita a nova Fábrica de Processamento Integrado de Gás Natural da Sasol, em Temane;
- Unidade inclui produção de Gás de Cozinha (GPL) e Petróleo Leve, prestes a ser inaugurada;
- Esforços inserem-se na estratégia de diversificação da cadeia de valor do gás natural e redução das importações de combustíveis;
- Parceria com a Sasol é considerada fundamental para estabilidade energética e industrial do país.
O Governo moçambicano está a mobilizar novos investidores para reforçar as pesquisas e descobertas de gás natural, garantindo o fornecimento contínuo à África do Sul e assegurando a expansão de empreendimentos industriais nacionais.
A iniciativa coincide com a fase final de comissionamento da nova Fábrica de Processamento Integrado de Gás Natural da Sasol, em Temane (Inhassoro, Inhambane), visitada pelo Ministro dos Recursos Minerais e Energia, Estêvão Pale, que sublinhou o papel central do gás na transformação económica e energética de Moçambique.
Pesquisa e Sustentabilidade do Fornecimento
Durante a sua visita a Inhassoro, o Ministro Pale explicou que a prioridade do Governo é encontrar reservas adicionais de gás que permitam manter o fornecimento ao gasoduto Temane–Secunda, que abastece a África do Sul, e evitar a obsolescência das infra-estruturas existentes.
Os contratos actuais com a Sasol expiram em 2030, tornando urgente a identificação de alternativas de produção, incluindo gás natural liquefeito (LNG), para garantir a continuidade do fornecimento e o uso eficiente do gasoduto de 865 quilómetros, responsável por movimentar anualmente mais de 200 milhões de gigajoules de gás.
“Pretendemos descobrir novas reservas e desenvolver empreendimentos capazes de responder à crescente demanda interna e regional. É uma infra-estrutura que o país não pode deixar obsoleta”, afirmou Pale.
Nova Fábrica de Processamento Integrado da Sasol: Valor Acrescentado Nacional
No mesmo contexto, o Ministro visitou a nova Fábrica de Processamento Integrado de Gás Natural da Sasol, que inclui uma unidade de produção de Gás de Cozinha (GPL) e Petróleo Leve.
O empreendimento está em fase final de testes, calibração e verificação operacional, e será inaugurado nas próximas semanas.
Estêvão Pale expressou satisfação com o avanço do projecto, afirmando que a unidade representa um marco na integração da cadeia de valor do gás natural, com impacto directo na industrialização e criação de oportunidades locais.
“Este projecto reforça a capacidade de Moçambique em transformar os seus recursos energéticos em valor industrial e em produtos acessíveis para os cidadãos”, destacou o Ministro.
Redução de Importações e Benefícios para as Comunidades
O novo complexo da Sasol permitirá aumentar a oferta nacional de GPL, reduzindo em mais de 70% as importações de gás de cozinha, e gerando um impacto positivo sobre o custo de vida e a balança de pagamentos.
Além disso, o projecto integra componentes de formação técnica e transferência de competências para as comunidades locais, consolidando o papel do gás como motor de inclusão económica e desenvolvimento regional.
“É uma infra-estrutura com benefícios sociais e económicos evidentes — vai permitir o acesso a energia mais barata, promover emprego e fortalecer a economia local”, acrescentou Pale.
Parceria Estratégica Governo–Sasol
O Vice-Presidente Executivo de Operações e Projectos da Sasol, Victor Bester, acompanhou a visita e destacou a importância da cooperação contínua com o Governo moçambicano.
“Esta parceria é vital para garantir que os investimentos da Sasol se traduzam em benefícios concretos para o desenvolvimento do país”, afirmou.
A Sasol reafirmou o compromisso de continuar a investir em Moçambique, tanto na prospecção e produção de gás, como na industrialização local e exportação de derivados, assegurando estabilidade energética e geração de divisas.
O Gás Como Pilar da Industrialização e da Transição Energética
Os esforços do Governo e da Sasol inserem-se numa visão mais ampla de posicionar o gás natural como combustível-ponte da transição energética de Moçambique — um recurso estratégico que permite simultaneamente abastecer a indústria, substituir combustíveis importados e sustentar as exportações regionais.
Analistas apontam que, com os projectos em curso em Temane, Inhassoro e Pande, o país tem potencial para diversificar a base industrial, reduzir a dependência externa e consolidar a sua posição como hub energético da África Austral.
Da Exploração à Transformação: o Gás Como Vector de Desenvolvimento
A conjugação entre pesquisa de novas reservas e expansão da capacidade industrial marca uma nova fase para o sector energético moçambicano.
Com a nova fábrica prestes a iniciar a produção e as acções de prospecção em curso, Moçambique reforça a sua estratégia de segurança energética, soberania industrial e integração regional, transformando o gás natural em activo de desenvolvimento económico e social sustentável.
Mais do que um recurso de exportação, o gás emerge como vector estruturante da transformação industrial e catalisador da diversificação produtiva, sustentando a ambição de um país que pretende transformar o seu potencial energético em valor acrescentado nacional e crescimento inclusivo.
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