Moçambique Quer Reduzir Desemprego Para 17% Até 2029

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Governo aposta no sector privado, industrialização e reformas estruturais para dinamizar o emprego

Questões-Chave:
  • O Governo pretende reduzir a taxa de desemprego de 18,4% para 17% até 2029;
  • O desemprego juvenil, actualmente em 33,4%, deverá cair para 22,1% no mesmo horizonte;
  • Prevê-se o aumento da taxa de emprego de 71,4% para 75,4% e a redução do subemprego de 8,1% para 5,1%;
  • O sector privado é apontado como motor da criação de postos de trabalho, com destaque para agricultura, indústria transformadora, construção, energia e serviços modernos;
  • O Governo compromete-se a criar um ambiente propício ao investimento, modernizar a agricultura, estimular a industrialização e promover programas de inclusão para jovens e mulheres.

O Governo moçambicano fixou como meta reduzir a taxa de desemprego de 18,4% para 17% até 2029, apostando no dinamismo do sector privado e em reformas estruturais para enfrentar os desafios persistentes no mercado de trabalho, onde o desemprego juvenil e a informalidade permanecem elevados.

De acordo com um documento oficial com as perspectivas para o período 2025–2029, o Executivo reconhece que o mercado de trabalho nacional enfrenta “desafios estruturais significativos”, incluindo uma taxa de desemprego ainda elevada e um peso excessivo da economia informal.

Actualmente, cerca de 33,4% dos jovens estão desempregados, um dos maiores entraves à estabilidade social e económica do país. O Governo pretende reduzir este indicador para 22,1% até 2029, paralelamente ao aumento da taxa geral de emprego para 75,4% e à diminuição do subemprego para 5,1%.

O documento destaca que o sector privado será determinante na criação de emprego em larga escala, com particular foco na agricultura comercial, agroindústria, indústria transformadora, construção, transportes, energia e serviços modernos.

O papel do Estado, segundo o relatório, será assegurar um ambiente favorável ao investimento e ao empreendedorismo, promovendo reformas estruturais, reforço da infraestrutura económica e capacitação da força de trabalho. Entre as intervenções estratégicas destacam-se:

  • modernização do sector agrícola e integração de pequenos produtores em cadeias de valor;
  • estímulo à industrialização e à transição energética;
  • promoção de parcerias público-privadas em infra-estruturas;
  • expansão dos serviços modernos.

O Governo prevê também programas específicos de inclusão laboral para jovens e mulheres, incluindo expansão da formação técnico-profissional, apoio ao empreendedorismo e incentivo à formalização de empregos hoje informais.

A concretização destas metas, sublinha o documento, dependerá da estabilidade macroeconómica e da mobilização coordenada de investimentos públicos e privados. Para garantir transparência e eficácia, será reforçado o sistema de monitoramento e avaliação do mercado de trabalho, permitindo a actualização contínua das políticas de emprego.

Com estas medidas, o Executivo pretende não apenas reduzir o desemprego, mas também promover trabalho digno, aumentar a produtividade e consolidar um mercado laboral mais inclusivo e resiliente.

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