
Ouro Atinge Máximos de Quatro Meses com Apostas em Corte de Juros da Fed
Prata ultrapassa os 40 dólares pela primeira vez em 14 anos; expectativa de corte de 25 pontos base em Setembro sustenta procura por activos-refúgio.
- Ouro sobe 0,7% para 3.470,69 USD/onça, o valor mais alto desde Abril;
- Futuros de ouro para Dezembro avançam 0,8% para 3.543,70 USD/onça;
- Prata valoriza 1,6% para 40,31 USD/onça, o nível mais elevado desde 2011;
- Fed de São Francisco sinaliza necessidade de “recalibrar” a política monetária;
- Probabilidade de corte de 25 pontos base em Setembro atinge 87%, segundo o CME FedWatch;
- Platina e paládio também registam ganhos.
O preço do ouro atingiu esta segunda-feira o valor mais alto em mais de quatro meses, impulsionado pelas crescentes apostas de que a Reserva Federal norte-americana avançará com um corte de juros ainda em Setembro. A valorização estendeu-se igualmente à prata, que superou os 40 dólares por onça pela primeira vez em 14 anos, sinalizando o reforço da procura por metais preciosos em contexto de expectativa de alívio monetário.
No mercado à vista, o ouro subiu 0,7%, cotando-se em 3.470,69 dólares por onça, o patamar mais elevado desde 23 de Abril. Os futuros de ouro para entrega em Dezembro acompanharam a tendência, registando um ganho de 0,8%, para 3.543,70 dólares por onça.
A prata destacou-se ao valorizar 1,6% para 40,31 dólares por onça, atingindo o nível mais elevado desde Setembro de 2011. Analistas sublinham que o corte esperado nas taxas de juro aumenta o atractivo de activos que não geram rendimento, como os metais preciosos.
As expectativas de política monetária ganharam força após declarações de Mary Daly, presidente da Reserva Federal de São Francisco, que reiterou a necessidade de “recalibrar” a política monetária face aos riscos crescentes no mercado laboral. De acordo com o CME FedWatch, os investidores atribuem 87% de probabilidade a um corte de 25 pontos base já este mês.
Os mercados ignoraram, em parte, a leitura do índice de preços das despesas de consumo pessoal (PCE) divulgada na sexta-feira, que revelou um aumento de 0,2% em termos mensais e 2,6% em termos anuais, dentro das expectativas.
O cenário foi ainda reforçado por factores políticos: um tribunal de recurso norte-americano considerou a maioria das tarifas impostas pelo ex-presidente Donald Trump ilegais, decisão que pressionou o dólar e sustentou o ouro.
Entre outros metais preciosos, a platina valorizou 0,9% para 1.376,95 dólares por onça, enquanto o paládio avançou 0,8% para 1.118,12 dólares por onça.
A atenção dos investidores centra-se agora nos dados do emprego não-agrícola dos EUA, a serem divulgados na sexta-feira. Estes números poderão ser determinantes para confirmar não apenas a decisão da Fed de Setembro, mas também a dimensão do corte de juros, num contexto em que os metais preciosos continuam a beneficiar do estatuto de activos-refúgio.
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