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  • Consórcio liderado pela EDF surge como concorrente preferencial para desenvolvimento do Projecto Mphanda Nkuwa

O Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME), anunciou o consórcio liderado pela Electricité de France (EDF) como o licitante preferido para o desenvolvimento do Projecto Mphanda Nkuwa, no que já é visto como um gigantesco passo nas aspirações de posicionar Moçambique como um hub energético regional.

O consórcio, que inclui a TotalEnergies, a Sumitomo Corporation e a Kansai, garantiu o relevante papel, no seguimento um processo de avaliação que envolveu propostas técnicas, e económico-financeiras.

Com um custo estimado de 4,5 mil milhões de dólares, o Projecto Hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa, engloba a construção de uma barragem a fio de água situada a 61 km a jusante de Cahora Bassa, no rio Zambeze, na província de Tete. Envolve também o desenvolvimento de uma central hidroeléctrica com uma capacidade até 1.500 megawatts e uma linha de transmissão de energia de alta tensão que se estende por 1.300 quilómetros de Tete a Maputo.

A selecção do consórcio liderado pela EDF como concorrente  preferencial foi qualificada em virtude de evidencias relativamente a sua competência técnica, robustas capacidades financeiras e ampla experiência internacional no desenvolvimento de projectos hidroeléctricos. Ao parceiro estratégico devem juntar-se as  empresas públicas  EDM e a HCB.

Director do Gabinete Projecto Hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa, Calos Yum

“Sua proposta não só demonstrou seu compromisso em atender aos requisitos de investimento do projecto, mas também incluiu uma garantia de US$ 10 milhões de dólares, destacando sua seriedade e dedicação ao empreendimento”, Disse Calos Yum, Director do Gabinete Projecto Hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa.

O concurso atraiu outros intervenientes proeminentes no sector da energia, incluindo a ETC Holdings, a ZESCO Limited, a CECOT (subsidiária da Mota-Engil) e a PetroSA (subsidiária do Central Energy Fund, África do Sul).

Enquanto o consórcio liderado pela EDF emergiu como o proponente preferido, o consórcio liderado pela ETC Holdings foi designado como o proponente de reserva, indicando a força e o calibre dos concorrentes envolvidos.

O Gabinete Projecto Hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa indicou, no decurso do anúncio do desfecho do concurso internacional, que após a notificação, serão iniciadas negociações entre a MIREME e o concorrente preferencial para finalizar o contrato de implementação do projecto.

“Este processo de negociação visa assegurar que o [parceiro estratégico]  está alinhado com os objectivos do projecto e cumpre os requisitos definidos nos documentos do concurso.

“A fase subsequente envolverá a negociação do Acordo de Desenvolvimento Conjunto, conduzindo, em última análise, à selecção do Parceiro Estratégico”, esclareceu Carlos Yum.

O Projecto Mphanda Nkuwa tem um imenso potencial para Moçambique e para a região Sul do continente africano. Ao alavancar os seus ricos recursos hidroeléctricos, Moçambique pretende tornar-se um actor crucial no sector da energia, contribuindo para o acesso universal à electricidade, fomentando a industrialização, a criação de emprego e a capacitação técnica. Além disso, a localização estratégica do projecto posiciona Moçambique como um centro energético regional, facilitando as exportações de energia para os países vizinhos.

Considerações ambientais, sociais e de governança (ESG) desempenham um papel fundamental na implementação do projecto, na medida em que Moçambique está empenhado em aderir aos padrões de sustentabilidade globalmente aceites e em garantir a mitigação dos impactos negativos, maximizando os aspectos positivos.

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