
Petróleo Abranda Após Máximo de Duas Semanas em Meio a Riscos de Abastecimento da Rússia
Ataques ucranianos a infra-estruturas energéticas russas e novas sanções dos EUA impulsionaram ganhos recentes, mas preços recuam ligeiramente; tarifas adicionais contra a Índia aumentam incertezas no mercado.
Questões-Chave:- Brent caiu 0,5% para 68,43 USD/barril, enquanto WTI recuou 0,6% para 64,40 USD/barril;
- Ambos os contratos atingiram máximos de duas semanas na segunda-feira;
- Riscos de cortes de abastecimento russo e sanções americanas continuam a dar suporte aos preços;
- EUA preparam tarifas adicionais de 25% sobre exportações indianas devido à compra de petróleo russo.
Os preços do petróleo registaram um ligeiro recuo na terça-feira, após quatro sessões consecutivas de ganhos que levaram o Brent e o WTI a máximos de mais de duas semanas. A volatilidade reflecte os receios crescentes de cortes no abastecimento russo, em resultado da guerra na Ucrânia e das novas medidas sancionatórias dos Estados Unidos.
Na abertura da semana, o petróleo viveu uma forte valorização, com o Brent a subir quase 2% e o WTI a ultrapassar a média móvel dos 100 dias, impulsionados por ataques ucranianos a instalações energéticas russas e pela expectativa de novas sanções de Washington contra Moscovo. Esses factores geraram receios de disrupções no processamento e exportação de petróleo russo, levando a escassez de gasolina em algumas regiões da Rússia.
Contudo, na sessão de terça-feira os preços corrigiram ligeiramente: o Brent recuou 0,5% para 68,43 USD/barril, enquanto o WTI caiu 0,6% para 64,40 USD/barril. Ainda assim, analistas da IG sublinham que “os riscos permanecem inclinados para novas valorizações, especialmente se o WTI se mantiver acima da resistência dos 64–65 dólares”.
A tensão geopolítica ganha corpo com a posição do presidente norte-americano, Donald Trump, que voltou a ameaçar sanções adicionais contra a Rússia caso não haja avanços num acordo de paz em duas semanas. Paralelamente, os EUA confirmaram a imposição de tarifas de 25% sobre as exportações indianas, elevando a carga fiscal para até 50% em alguns produtos, como retaliação pela manutenção das compras de petróleo russo por Nova Deli.
Este contexto adiciona pressão ao comércio internacional e gera apreensão entre exportadores indianos, que já se preparam para disrupções significativas no acesso ao mercado norte-americano.
A incerteza mantém os investidores atentos ao próximo relatório semanal de inventários da American Petroleum Institute, com previsões de queda nas reservas de crude e gasolina, mas com possibilidade de aumento nos destilados.
Para o banco Barclays, apesar da volatilidade política e geoestratégica, o mercado de petróleo continua a mover-se dentro de uma faixa estreita, sustentado por fundamentos relativamente resilientes.
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