Petróleo regista alta com escalada na guerra na Ucrânia e aumento na procura chinesa

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Os preços do petróleo registaram uma ligeira subida nesta quarta-feira, 20/11, impulsionados pela intensificação do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, bem como por sinais de recuperação na procura chinesa. Contudo, o aumento dos stocks de petróleo bruto nos Estados Unidos limitou ganhos mais significativos.

Os contratos futuros do Brent subiram 0,1%, situando-se nos 73,40 dólares por barril, enquanto o West Texas Intermediate (WTI), nos Estados Unidos, registou um acréscimo de 0,2%, alcançando 69,53 dólares por barril.

Factores que influenciam o mercado

  • Conflito Rússia-Ucrânia  

   A intensificação do conflito reacendeu preocupações sobre eventuais interrupções no fornecimento de petróleo. Na terça-feira, a Ucrânia utilizou mísseis ATACMS, fornecidos pelos Estados Unidos, para atingir território russo. Em resposta, o Presidente Vladimir Putin endureceu o discurso, incluindo a ameaça de recurso a armas nucleares.

 Analistas destacaram que estas tensões geopolíticas aumentam o risco de instabilidade no mercado petrolífero, podendo sustentar os preços no curto prazo.

  • Procura Chinesa

A China, o maior importador mundial de petróleo bruto, apresenta sinais de recuperação na procura. Dados da empresa de rastreamento de embarcações Kpler indicam que as importações chinesas poderão atingir níveis recorde em Novembro, após um período de fraca actividade.

  • Stocks nos EUA  

   Apesar da escalada de preços, o aumento nos stocks de petróleo bruto nos Estados Unidos, estimado em 4,75 milhões de barris na última semana, moderou os ganhos. No entanto, os stocks de gasolina e destilados registaram quedas consideráveis, o que também influenciou os movimentos do mercado.

Impactos no mercado energético

O equilíbrio entre os riscos geopolíticos, o aumento da procura chinesa e a oferta gerida pelos principais produtores ditará a trajectória dos preços do petróleo nas próximas semanas. Este contexto complexo mantém o mercado volátil, exigindo um acompanhamento atento por parte dos investidores e governos.

Nos próximos dias, o mercado continuará a observar a evolução do conflito Rússia-Ucrânia, as políticas energéticas dos Estados Unidos e o desempenho económico da China, factores decisivos para o futuro do sector energético global.

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