Petróleo sobe com o fraco progresso nas negociações de paz em Gaza e com o dólar mais fraco
O petróleo ampliou seus ganhos nesta quinta-feira, 08 de Fevereiro, depois que Israel rejeitou uma oferta de cessar-fogo do Hamas, enquanto um dólar mais fraco também apoiou os preços.
Os futuros do petróleo Brent subiram 30 cêntimos, ou 0,4%, para US$ 79,51 dólares por barril, às 04:00 GMT. Os futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate dos EUA subiram 26 centavos, ou 0,4%, para US$ 74,12 dólares por barril.
As tensões mais amplas do Médio Oriente têm mantido o mercado no limite desde Outubro, com progressos limitados nas negociações para acabar com o conflito de Gaza.
O Primeiro-Ministro israelita, Benjamin Netanyahu, rejeitou a última oferta do Hamas para um cessar-fogo e a devolução dos reféns detidos na Faixa de Gaza, mas o Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse que ainda havia espaço para negociar um acordo.
Uma delegação do Hamas palestiniano, liderada pelo alto funcionário Khalil Al-Hayya, deverá deslocar-se nesta quinta-feira, 08 de Fevereiro, ao Cairo para conversações sobre o cessar-fogo com o Egipto e o Qatar.
Um dólar mais fraco também apoiou os preços do petróleo na quinta-feira, uma vez que torna o petróleo mais barato para os comerciantes que detêm outras moedas.
O índice do dólar, abre nova aba, que mede o dólar em relação a seis principais pares, caiu para 103.99 às 04:00 GMT.
Do lado da demanda, uma queda mais forte do que o esperado nos stocks de gasolina e destilados médios dos E.U. também impulsionou o mercado de petróleo.
Os stocks de destilados caíram em 3,2 milhões de barris para 127,6 milhões de barris, mostraram os dados da Administração de Informação de Energia, contra as expectativas de uma queda de 1 milhão de barris. Os stocks de gasolina caíram em 3,15 milhões de barris, em comparação com as estimativas dos analistas de um aumento de 140.000 barris.
A queda dos stocks levou a que as margens das refinarias dos EUA continuassem a fortalecer-se, afirmaram os analistas do ING numa nota.
“A força das margens das refinarias deve fornecer algum apoio ao petróleo bruto, impulsionando uma demanda mais forte de petróleo bruto, já que as refinarias procuram aumentar as taxas de execução e tirar proveito de margens mais fortes”, disseram os analistas do ING.
A queda nas reservas de gasolina e um aumento de 13% em relação ao ano anterior nas exportações de petróleo dos EUA para um recorde de 4,06 milhões de barris por dia em 2023 “indicam uma demanda mais forte por petróleo”, disse a ANZ Research em uma nota.
