
- A escassez de camarão branco na baía de Maputo, uma espécie de alto valor -comercial, preocupa os armadores da Associação dos Pescadores Semi-industriais e Artesanais de Arrasto nesta região do país – AMMAPES- CAS.
Os motivos são desconhecidos, por isso os pescadores encaminharam a sua preocupação ao sector que superintende as pescas.
Falando recentemente, em Maputo, durante a abertura oficial da campanha de pesca 2024, o representante da AMMAPESCAS, Fred Miranda, também manifestou a sua preocupação com a longa duração do período de veda.
“Os armadores lamentam o longo período de veda que contribuiu negativamente para a renda das famílias que dependem desta actividade, sobretudo as que vivem da comercialização do camarão fino (Metapenaeus dobsoni)”, disse.
Num breve contacto com a imprensa, a ministra do Mar, Águas Interiores e Pescas – MIMAIP, Lídia Cardoso, disse que ainda não existe uma explicação para o desaparecimento do camarão branco, mas como forma de garantir o seu sustento os pescadores têm recorrido ao peixe fino.
“Neste momento não temos uma explicação exacta, mas há muitos factores. Este camarão para se reproduzir leva mais tempo e está a aparecer uma espécie nova dominante que está a ser pescada”, disse.
Explicou que o camarão branco tem alto valor comercial e é mais saboroso. Enquanto isso, as autoridades estão a trabalhar com os pescadores no sentido de usarem uma malha diferente para permitir que o camarão branco cresça e atinja o seu tamanho normal.
Afirmou que esta espécie está a ser pescada ainda pequena, algo que que impede o seu desenvolvimento.
Sobre o período de veda, a governante disse que é longo a considerar a época de reprodução e crescimento das espécies. Contudo, as autoridades estão a ponderar a possibilidade da sua redução.
“Já tivemos períodos de veda de cinco meses e fomos reduzindo de acordo com as necessidades dos operadores e ao mesmo tempo fazemos cruzeiros científicos que vão identificar o stock de pescado que temos nas nossas águas, referiu.
A Ministra disse ainda que para acautelar a perda ou redução “estamos a dar estes períodos de veda que neste momento são longos, mas podemos reduzi-los”.
“Há também os efeitos das mudanças climáticas e o assoreamento de algumas zonas nos rios e nos mares, por isso temos estado a fazer estes estudos para ver qual é o impacto que isto está a ter a nível dos stocks do pescado”, acrescentou.
A veda e defeso da pesca do camarão de superfície no banco de Sofala, baia de Maputo, foz do rio Limpopo e distrito de Govuro foi anunciada há quatro meses pelo Governo para assegurar a manutenção e reprodução das espécies.
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