
- A castanha de caju passa a custar 35 meticais por quilograma, na campanha de comercialização 2023-2024, contra 37 meticais praticados na safra anterior. A redução do preço é justificada pela conjuntura do mercado externo que prevê custos mais baixos.
A decisão foi anunciada, ontem, em Maputo, na primeira sessão do comité de amêndoas, que juntou produtores, Associação dos Industriais do Caju e o Instituto de Amêndoas de Moçambique,
Entretanto, os produtores desejavam um preço de referência de 37,81 Meticais por quilo grama; o Instituto de Amêndoa propôs 37,16 meticais; e a Associação dos Industriais do Caju, 31,4 meticais.
O Instituto da Amêndoa, que mediou o diálogo, considerou que entre os 36 e 38 meticais o preço satisfaz a todos os actores, mas acabou por se deliberar por 35.
De acordo com o vice-ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Olegário Banze, que orientou a reunião, as decisões tomadas tiveram em conta a necessidade de manter o equilíbrio em toda a cadeia de produção da castanha para que não haja segmentos prejudicados.
“Os preços não sejam sempre ditados pelo exterior é preciso que internamente se crie um cenário mais robusto que permita que o mercado nacional passe a impor os seus preços, o que passa pelo aumento da produção e garantia do processa mento da castanha a nível doméstico”. Aconselhou o Vice-Ministro.
Enquanto isso, o presidente da Associação Comercial Industrial Agrícola de Nampula praticados preços diferentes dos da Associação Comercial Industrial Agrícola de Nampula, em representação dos processadores e exportadores, Kabir Ibrahimo, falou da necessidade melhor articulação para evitar que sejam praticadas preços diferentes dos acordados.
Para o representante dos produtores, Elídio Dias, a tabela acordada é aceitável, apesar de não ser a desejada, tendo em conta o custo real do produtor.
Reiterou que o grupo que representa gostaria que a castanha fosse comprada a pelo menos 37 meticais por quilograma, para melhorar a renda dos produtores.
A indústria do caju desempenha um papel importante na economia moçambicana. “O sector de processamento fornece emprego formal a mais de 10.000 indivíduos, apoiando suas famílias e comunidades locais”. A INA (Iniciativa para cadeias de abastecimento agrícola sustentáveis), indica que 1,3 milhões de agricultores cultivam caju e 99% de todos os agricultores em Moçambique são considerados pequenos proprietários com pelo menos de 5 hectares de terra.
Estudo recentes referem que Moçambique tem todos os pré-requisitos para exportar significativamente mais castanha de caju crua (RCN – Raw Cashew Nuts em inglês) do que exporta actualmente.
De acordo com esses estudos, se os rendimentos pudessem ser aumentados através de melhores métodos de cultivo e o processamento interno pudesse ser expandido, todos os actores ao longo da cadeia de abastecimento nacional bem estabelecida poderiam beneficiar.
“Ao exportar mais de um milhão de toneladas de RCN de África para descasque na Ásia, perdem-se mais de 100 mil empregos em África”. Expõe o estudo.
Segundo fontes ao que O.Economico teve acesso, a produção de RCN com certificação biológica pode ser outro grande factor de competitividade no mercado mundial de RCN. Referem que os consumidores de todo o mundo estão gradualmente dispostos a pagar um preço mais alto por alimentos saudáveis e sem produtos químicos, e estão a tornar-se conscientes dos impactos sociais e ambientais das suas compras.
“Todo o sector do caju está aberto a avançar para uma produção sustentável e a abordagem de “tornar-se biológico” foi bem recebida pela indústria e pelos agricultores”. Conclui.
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