
Privatização da LAM não é para já, e empresa continua “nos cuidados intensivos”
- Tmcel intervencionada, IGEPE assume gestão
Para já, a solução encontrada, diga-se paliativa, é um novo figurino de gestão da empresa Linhas Áreas de Moçambique (LAM) passa, a partir deste mês, a ser gerida por uma comissão de gestão que ao seu mais alto nível, estratégico, é liderado pelo Ministro dos Transportes e Comunicações e integra ainda o Ministro da Economia e Finanças, Max Tonela e a PCA, do IGEPE, Ana Conoai.
A comissão prevista para durar entre seis meses e um ano, tem como responsabilidade revitalizar a imagem e restabelecer aspectos funcionais e económico financeiros e de sustentabilidade mais básicos, ao mesmo tempo que deverá aproveitar ou maximizar as oportunidades ainda ao alcance da companhia, entre elas a abertura de novas rotas e frequência de voos. Só depois disso, recuperado algum valor de marcado, se equacionará o passo seguinte, se a privatização ou outro modelo que permita a empresa operar de forma competitiva e sustentável
No plano executivo a comissão é liderada por uma aerotransportadora sul-africana, denominada “Fly Modem Ark”, que para além de trazer as suas aeronaves e outros equipamentos pertinentes, deverá ajudar, com o seu expertise, na melhoria da gestão da da insolvente LAM, cujas dívidas ascendem actualmente os US$ 300 milhões.
A solução encontrada resultou de uma avaliação profunda e sistemática feita a empresa conduzido por especialistas de credibilidade internacional, exercício no qual o MTC, contou com suporte do suporte do Banco Mundial.

Ministro dos Transportes e Comunicações em Moçambique, Mateus Magala
“O que nós fizemos é procurar especialistas da área de aviação que pudessem nos dar outra opinião que permitisse tomar uma decisão mais correcta sobre a nossa companhia”, disse Magala.
Magala disse mesmo que a dívida de 300 milhões de dólares constitui um impeditivo para que fosse avançada a privatização. Com esse nível de divida a sua privatização constituiria um simples desfazimento da empresa pelo Governo, sem qualquer valia em retorno. Assim a ideia passa pelo saneamento financeiro da empresa e recuperar o seu potencial para níveis mínimos. Depois disso se avaliará para o futuro.
É assim que da solução encontrada prevê um modelo de gestão com um privado, a fim de capitalizar os interesses da companhia, sem radicalizar a sua essência de empresa pública.
“Queremos melhorar a companhia para depois tornamos uma decisão no momento certo. Isto porque vender a casa como está pode trazer outras implicações”, disse Mateu Magala.
A comissão vai transferir conhecimentos de modo que mesmo com o término do contrato haja capacidade interna de manter a companhia estável e a seguir os planos desenhados para o futuro.
Tmcel intervencionada
Outra empresa problemática, a Tmcel, conforme vinha sendo anunciado, nos últimos tempos, embora viesse a apresentar um quadro de melhoria, foi intervencionada. Isso mesmo confirmou o Ministro dos Transportes e Comunicações, que disse que o Instituto de Gestão das Participações do Estado (IGEPE), assumiu a gestão da empresa, enquanto se identifica uma comissão para a sua administração.
As informações foram reveladas pelo Ministro dos Transportes e Comunicações Mateus Magala, quando quinta-feira, 05/04, em Maputo, num evento que reuniu os stakeholders do sector que dirige para apresentar a visão existente para transformar o sector, ou seja, a “Abordagem Estratégica de Execução para 2023”, que na prática é a estratégia que passa a nortear as acções do MTC, que contempla 5 prioridades, designadamente, mobilidade, segurança rodoviária, acessibilidade, conectividade e reformas, combinando medidas de natureza conjuntural e estrutural, e com resultados, a curto, médio e longo prazos, a serem prosseguidos mediante um plano de execução e responsabilidades claras.
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