
Reforma dos Transportes e Segurança Rodoviária: Presidente da República Inaugura Nova Delegação do INATRO e Apela à Digitalização e Combate à Sinistralidade
- Daniel Chapo destaca urgência de reformas no sector rodoviário, investimentos em tecnologia e resposta eficaz à escalada de acidentes nas estradas nacionais
Destaques
- Nova Delegação do INATRO reforça serviços públicos com instalações modernas e centralizadas
- Presidente exige maior transparência nos processos e apela à digitalização para reduzir corrupção
- Sinistralidade aumentou 9% em 2024, com mais de 800 mortes nas estradas moçambicanas
- Acidentes atingem sobretudo jovens economicamente activos, com impacto de 10% no PIB
- Governo implementa Plano de Acção de Segurança Rodoviária e revê o Código da Estrada
O Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, inaugurou esta sexta-feira, 2 de Maio, o novo edifício da Delegação do Instituto Nacional dos Transportes Rodoviários (INATRO) na Cidade de Maputo. Na ocasião, defendeu uma resposta urgente e estruturada aos desafios do sector, com destaque para a modernização dos serviços, a digitalização e o combate à sinistralidade rodoviária.
A inauguração da nova Delegação do INATRO, ocorrida a 2 de Maio de 2025 na Cidade de Maputo, marcou mais do que a simples entrega de uma infra-estrutura pública. Na ocasião, o Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, lançou um apelo directo à transformação do sector dos transportes rodoviários, colocando no centro da sua intervenção a necessidade de modernização, digitalização e combate firme à sinistralidade rodoviária.
“Persistem desafios que este Instituto precisa de ultrapassar, para tornar os seus serviços mais acessíveis, bem como reduzir discrepâncias no atendimento, longas filas e proporcionar maior clareza nos procedimentos”, afirmou o Chefe de Estado.
A nova infraestrutura, com 1.400 m² de área, construída entre Maio de 2023 e Março de 2025, centraliza os serviços de emissão e renovação de cartas de condução, matrícula de veículos, pagamentos de multas, entre outros. Chapo sublinhou que o edifício deve melhorar substancialmente o atendimento ao público e a dignidade das condições de trabalho dos funcionários.
Contudo, o Presidente foi incisivo ao alertar para a persistência de influência humana excessiva nos processos, o que favorece práticas de corrupção. Como resposta, reforçou a aposta na digitalização dos serviços, em alinhamento com a agenda nacional de transformação digital.
Sinistralidade: um custo humano e económico inaceitável
O momento serviu também para reafirmar o combate à sinistralidade rodoviária, que continua a provocar danos humanos e económicos consideráveis. Em 2024, registaram-se 825 mortes nas estradas moçambicanas, representando um aumento de 9% face a 2023. Houve ainda 615 feridos graves, mais 26% do que no ano anterior.
No primeiro trimestre de 2025, o cenário agravou-se com acidentes de grande magnitude, incluindo o trágico episódio de 24 de Março, em Gondola (província de Manica), que causou 22 mortes.
“Estes acidentes afectam maioritariamente os grupos etários economicamente produtivos, representando 73% das vítimas. Além do custo social, estima-se que custem ao País cerca de 10% do PIB”, referiu Chapo.
Face a este quadro, o Presidente anunciou a implementação de um Plano de Acção de Segurança Rodoviária, já aprovado pelo Governo. O plano inclui intervenções em pontos críticos, campanhas de educação e sensibilização, reforço da fiscalização e revisão do Código da Estrada.
Mudança de atitude e compromisso colectivo
Chapo defendeu que nenhuma medida legal será suficiente se não for acompanhada de uma mudança de comportamento social, sobretudo entre condutores e peões. Criticou com veemência a indisciplina rodoviária, particularmente no sector dos transportes de passageiros, onde se destacam “condutores não habilitados, velocidade excessiva e condução sob efeito de álcool”.
“É urgente mobilizar todas as forças vivas da sociedade para salvar vidas nas estradas moçambicanas”, exortou.
Serviço público com propósito
Por fim, o Presidente enalteceu os esforços dos funcionários do INATRO e apelou a uma entrega profissional e ética ao serviço do cidadão. Reiterou que o edifício agora inaugurado é património do povo moçambicano, construído com recursos públicos, devendo ser conservado com responsabilidade e zelo.
Citação-chave do Presidente:
“A digitalização deve complementar o investimento feito na melhoria das instalações. Queremos um INATRO mais transparente, mais eficaz e ao serviço do cidadão.
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