
Sector de Seguros deve pensar a longo prazo, defende Associação Moçambicana de Seguros
- Os seguros gerais estão longe de, em Moçambique, terem atingido todo o seu potencial de melhorar a segurança financeira das famílias e das pequenas e médias empresas
“Temos que estar preocupados com o que vai acontecer daqui há 5 ou 10 anos. Temos que ter uma agenda clara de longo prazo lançando agora as bases para que a nossa actividade seja relevante e impactante nas pessoas e na comunidade”, disse Ruben Chivale, Presidente do Conselho de Direcção da Associação Moçambicana das Seguradoras (MAS), na abertura da Primeira Conferência Anual de Seguros que decorreu sob o lema “As soluções da indústria seguradora aos desafios económicos e sociais de Moçambique”
A AMS considerou o evento como o início do diálogo para uma ampla e profunda reflexão sobre a forma como o sector segurador pode agregar valor às famílias e às empresas.
“Na última década, o sector segurador moçambicano tem procurado tornar-se mais relevante, disponibilizando produtos e oferecendo serviços com maior valor acrescentado aos seus clientes. Hoje, podemos afirmar, dentro de certos limites, que as seguradoras conhecem e compreendem melhor as expectativas, necessidades e ansiedades dos clientes”, afirmou o Presidente da MAS, que considera no processo, os seguros de Vida e de pensões terão que desempenhar um papel fundamental na proteção e no futuro sólido das pessoas.
Admitiu que os seguros gerais estão longe de, em Moçambique, terem atingido todo o seu potencial de melhorar a segurança financeira das famílias e das pequenas e médias empresas. Por isso, o tema da conferência é visto como um chamamento à reflexão por parte de toda a cadeia de valor da actividade seguradora sobre o papel que cada um deve desempenhar no aumento da penetração dos seguros na economia, no aumento da literacia sobre seguros, no aumento dos níveis gerais de confiança do público e na melhoria da percepção de valor do sector.
Ruben Chivale, disse que o sector como um todo tem que estar preocupado com a forma como são conduzidos os negócios de seguro e procurar evitar, que as pressões dos resultados financeiros deteriorem e corroam a ética e deontologia que se impõe na actividade.
Exemplificou práticas como a baixa dos preços como meio de patrocínio da concorrência não consubstanciada em critérios sérios de análise de risco e sustentabilidade e sem preocupação com a qualidade de serviço que os segurados esperam e apreciam.
O presidente da AMS alertou também sobre a exportação de divisas a título de resseguro quando é possível partilhar o risco, fortalecendo-se e incrementando-se a capacidade do sector de investir na economia local e de assumir riscos de maior dimensão.
“Temos que explorar de forma consciente, avisada e colectiva as oportunidades que o nosso país nos oferece posicionando-nos de forma firme nas soluções de cobertura de riscos para os grandes projectos sem, entretanto, descurar das famílias e das pequenas e médias empresas”, afirmou Rubens Chivale, que não se esqueceu dos desafios e oportunidades mais actuais que o sector segurador nacional enfrenta, entre eles,
a transformação digital, a transição energética, a protecção de dados, a humanização dos produtos e processos, o meio ambiente, a responsabilidade social, a governação corporativa e sustentabilidade.
“Temos que nos preparar para abordar os novos riscos cibernéticos, pandémicos e climáticos com sabedoria, ousadia e prudência”. Ajustou.
Acrescentou que o endereçamento dos desafios elencados implica a criação de instituições fortes e credíveis que assentem a sua actuação no conhecimento, na competência técnica, ética, valores, deontologia profissional, empatia e diálogo construtivo que transmitem com clareza para a comunidade que o sector segurador é aliado do consumidor.
“Este novo paradigma que propomos, aqui e agora, será conciliador dos interesses divergentes e catalisador do crescimento inclusivo, responsável e sustentável”. Concluiu.
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