
TotalEnergies e Sinopec firmam acordo de fornecimento de GNL por 15 Anos: Expansão da cooperação e repercussões para Moçambique
A TotalEnergies, gigante francesa do sector energético, e a Sinopec, uma das maiores empresas petrolíferas da China, assinaram um acordo histórico para o fornecimento de gás natural liquefeito (GNL), estabelecendo uma parceria de longo prazo que permitirá à empresa francesa fornecer à chinesa 2 milhões de toneladas métricas de GNL por ano, ao longo de 15 anos, a partir de 2028. O acordo, formalizado na Exposição Internacional de Importação da China em Xangai, destaca-se não apenas pelo volume de fornecimento, mas também pelas implicações estratégicas para o mercado de energia global e, particularmente, para os projectos de GNL em Moçambique, onde ambas as empresas têm participações relevantes.
A expansão do mercado de GNL e a posição da China
A China é o maior importador de GNL do mundo, buscando diversificar suas fontes de energia para atender à crescente demanda interna e impulsionar a transição para uma economia de baixo carbono. Em meio a essa demanda, a TotalEnergies e a Sinopec intensificaram sua cooperação com o intuito de garantir um fornecimento contínuo e confiável. Este compromisso é particularmente relevante para Moçambique, onde as duas empresas possuem investimentos estratégicos, nomeadamente na Bacia do Rovuma, uma das maiores reservas de gás natural do mundo. Com este acordo de longo prazo, a TotalEnergies assegura uma demanda estável para o GNL produzido na região, o que pode trazer previsibilidade e robustez financeira aos projectos moçambicanos.
Moçambique como protagonista no Mercado Global de GNL
A parceria entre TotalEnergies e Sinopec projecta Moçambique como um possível fornecedor estratégico para a Ásia, especialmente para a China, fortalecendo a posição do País no mercado de GNL. A TotalEnergies lidera o projecto da Área 1 na Bacia do Rovuma, um dos maiores depósitos de gás natural em desenvolvimento, com uma previsão de produção de cerca de 12,88 milhões de toneladas de GNL por ano. Com a possibilidade de parte dessa produção ser destinada ao cumprimento do acordo com a Sinopec, Moçambique ganha uma posição privilegiada como fornecedor de GNL para a maior economia da Ásia, o que pode garantir estabilidade e atrair novos investimentos para o país.

Impactos potenciais para Moçambique
Para Moçambique, o impacto desse acordo pode ser significativo. Ao garantir uma parceria de longo prazo com uma das principais importadoras de GNL, a TotalEnergies consolida a viabilidade financeira e operacional dos projectos de GNL em Moçambique, criando um ambiente de maior previsibilidade económica. A estabilidade gerada por esse acordo pode favorecer o desenvolvimento de infraestruturas locais, atrair novos investidores para o setor energético e criar empregos diretos e indiretos nas comunidades envolvidas. “A parceria com a Sinopec não só abre portas para maior estabilidade no mercado de GNL, mas também representa um impulso para o desenvolvimento económico sustentável em Moçambique,” afirmou um representante da TotalEnergies sobre os impactos projetados.
Sustentabilidade e transição energética
A crescente demanda chinesa por GNL está alinhada com os objectivos de transição energética, priorizando fontes de energia com menor emissão de carbono em comparação ao carvão. Com este acordo, Moçambique poderá contribuir para a redução das emissões de CO₂ na China, consolidando-se como um fornecedor sustentável para a transição energética global. A TotalEnergies e a Sinopec, ambas comprometidas com práticas de sustentabilidade, veem essa parceria como um passo que apoia a transição energética e promove práticas de exploração responsáveis em Moçambique.A assinatura do acordo entre TotalEnergies e Sinopec representa uma parceria estratégica que vai além de um simples contrato de fornecimento. Esta relação, ancorada no fornecimento de GNL, tem o potencial de transformar Moçambique num dos principais fornecedores de energia para a Ásia, particularmente a China. A longo prazo, o impacto desta parceria poderá ser sentido tanto no desenvolvimento económico de Moçambique quanto na segurança energética e na transição para energias mais limpas no mercado chinês. Com o avanço dos projectos de GNL na Área 1 da Bacia do Rovuma, Moçambique está no caminho certo para consolidar sua posição no mercado global de energia, beneficiando não apenas o seu próprio desenvolvimento, mas também contribuindo para o equilíbrio energético de uma economia global em transformação.
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